Lição 12 – O Juízo Final - 2

CAPÍTULO 20  Livro do Apocalipse de John Wesley

2. E ele prendeu o dragão – Com quem, indubitavelmente, seus anjos eram agora lançados no abismo sem fim, assim como finalmente "no fogo eterno". (Mateus 25:41) "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos".

E o amarrou por mil anos – Que esses mil anos não precedem, ou correm paralelos com os tempos da besta, mas seguem totalmente com ela, pode manifestadamente aparecer:

1º. Das séries de todo o livro, representando uma série contínua de eventos.

2º. Das circunstâncias que precedem. A mulher dar a luz é seguido pelo atirar o dragão do céu para a terra. Com isto, está relacionada a terceira calamidade, por meio da qual, o dragão, através da besta, e com ela, enfurece-se horrivelmente. Da conclusão da terceira calamidade, a besta é derrotada e lançada no "lago de fogo". Ao mesmo tempo, o outro grande inimigo, o dragão, deverá ser amarrado e encarcerado.

3º.  Esses mil anos trazem uma nova, completa e duradoura imunidade de todos os males exteriores e interiores, cujos autores estão agora removidos, e há uma afluência de todas as bênçãos. Mas, tal tempo, a igreja ainda não viu. Portanto, ainda está para acontecer.

4º. Esses mil anos são seguidos pelos últimos tempos do mundo; com o deixar satanás solto; que se junta com Gogue e Magogue, e com o arremessar a besta e o falso profeta no "lago de fogo". Agora, o acusar de satanás os santos no céu, sua ira sobre a terra, seu aprisionamento no abismo, seu seduzir Gogue e Magogue, e ser lançado no lago de fogo, evidentemente sucedem um ao outro.

5º. O que ocorre de (capítulo 20:11) "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles"; manifestadamente segue as coisas relatadas no capítulo dezenove. Os mil anos vêm neste intervalo; uma vez que, se eles já passaram, nem o começo, nem o fim deles cairiam dentro deste período. Em pouco tempo, esses que afirmam que eles estão agora à mão parecerão ter falado a verdade. Entretanto, que todo homem considere que tipo de felicidade ele espera nisto. O perigo não se situa em manter que os mil anos já estão para vir; mas no interpretá-los, quer já passado, ou vindouro, em um sentido grosseiro e carnal. A doutrina do Filho de Deus é um mistério. Assim é sua cruz; e, assim é sua glória. Em todos esses, eles é um sinal do que é falado contra. Felizes aqueles que acreditam e o reconhecem em tudo!

3. E coloca um selo nele – Até onde estas expressões devem ser levadas literalmente; até onde figurativamente apenas, quem pode dizer? Para que ele não possa mais enganar as nações – Um benefício apenas é expresso aqui, como resultado do confinamento de satanás. Mas quantas e grandes bênçãos estão inseridas! Porque o grande inimigo sendo removido, o reino de Deus prossegue seu ininterrupto curso em meio às nações; e o grande mistério de Deus, há tanto previsto, é, por fim, cumprido; ou seja, quando a besta é destruída e satanás amarrado. Este cumprimento aproxima mais e mais, e contém coisas da mais extrema importância, o conhecimento do que torna cada dia mais distinto e fácil. Neste meio tempo, é altamente necessário guardar-se contra a presente ira e subterfúgio do diabo. Rapidamente, ele será amarrando: quando ele é solto novamente, os mártires viverão e reinarão com Cristo. Então, segue-se sua vinda na glória, e novo céu, nova terra, e nova Jerusalém. O abismo sem fim é propriamente a prisão do diabo; mais tarde, ele é lançado no lago de fogo. Ele não mais poderá enganar as nações, até que os "mil anos", mencionados antes (capítulo 20:2) "Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos"; seja cumprido.
Então, ele deverá ser solto – Assim, a sabedoria misteriosa de Deus permite.
Por um curto tempo – Pequeno comparativamente: embora no todo, ele não possa ser muito curto, devido às coisas a serem realizadas nele (capítulo 20:8, 9) "E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou"; deva levar um espaço considerável. Nós devemos brevemente esperar, uma após a outra, as calamidades ocasionadas pela segunda besta, a colheita e a vindima, o derramar dos frascos, o julgamento da Babilônia, a última ira da besta e sua destruição, o aprisionamento de satanás. Quão grandes coisas essas! E quão curto tempo! O que é necessário para nós? Sabedoria, paciência, fidelidade, vigilância. Não é tempo de deliberando sobre nossos sedimentos. Esta não é, se for corretamente entendida, uma mensagem aceitável para o sábio, o poderoso, o honrado deste mundo. Ainda assim, isto que é para ser feito, deverá ser feito: não existe deliberação contra o Senhor.
4. E eu vi tronos – Tais como são prometidos aos apóstolos (Mateus 19:28) "E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel". (Lucas 22:30) "Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel".

E eles – Ou seja, os santos, a quem João viu, ao mesmo tempo (Daniel 7:22) "Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino."; sentou-se junto a eles: e foi dado julgamento a eles. (I Coríntios 6:2) "Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?". Quem esses são, e quantos, não é dito. Mas eles são distinguidos das almas, ou pessoas, mencionadas imediatamente depois; e dos santos que já ressuscitaram.
E eu vi as almas daqueles que tinham sido decapitados – Com um machado: assim a palavra original significa. Um tipo de morte, que foi especialmente imposta em Roma, é mencionado para todos.
Por causa do testemunho de Jesus, e por causa da palavra de Deus – Os mártires foram, algumas vezes, mortos por causa da palavra de Deus, em geral; algumas vezes, especialmente, por causa do testemunho de Jesus: alguns, enquanto eles se recusaram a adorar ídolos; outros, enquanto eles confessaram o nome de Cristo.
E aqueles que não adoraram a besta selvagem, nem sua imagem – Esses parecem ser uma companhia distinta desses que apareceram (capítulo 15:2) "E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus". Esses não tinham conquistado, provavelmente, em tais disputas como estas. Antes que o número da besta fosse expirado, as pessoas foram compelidas a adorarem-no, através da mais terrível violência. Mas, quando a besta "não estava", eles foram apenas seduzidos, nela, através da destreza dos falsos profetas.
E eles viveram – Suas almas e corpos sendo re-unidos.
E reinaram com Cristo – Não sobre a terra, mas no céu. O "reino sobre a terra" é completamente diferente (capítulo 11:15) "E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre".
Mil anos – Deve ser observado, que dois distintos mil anos são mencionados, através de toda esta passagem. Cada um é mencionado três vezes: o mil anos, em que satanás é amarrado (capítulo 20:2; 3:7) "Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos". "E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre"; o mil, em que os santos deverão reinar: (capítulo 20:4-6) " E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos". O primeiro fim, antes do fim do mundo; o ultimo alcança a ressurreição geral. De maneira que o começo e o fim do primeiro mil antes é antes do começo e o fim do último. Portanto, como no segundo verso (capítulo 20:2) "Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos",- a primeira menção do primeiro; assim no quarto verso (capítulo 20:4) "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos"; à primeira menção do último, é apenas dito, mil anos, em outros lugares, "os mil anos", (capítulo 20:3,5,7) "E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. (...)Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. (…) E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão"; ou seja, o mil mencionado antes. Durante o primeiro, as promessas concernentes ao estado florescente da igreja, (capítulo 10:7) "Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos"; deverá ser cumprido; durante o último, enquanto os santos reinam com Cristo no céu, homens e terra estarão despreocupados e seguros.
5. O restante dos mortos reviveram, não até o mil anos - Mencionado no versículo 4 " E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos".
Terminarem – Os mil anos, durante os quais satanás é amarrado, ambos no começo e no final muito mais cedo. O pequeno tempo, e o segundo mil anos, começam ao mesmo tempo, imediatamente depois do primeiro mil anos. Mas nem o começo do primeiro, nem do segundo mil serão conhecidos para os homens sobre a terra, já que tanto o aprisionamento de satanás quanto sua soltura são realizadas no mundo invisível. Observando esses dois mil anos distintos, muitas dificuldades são evitadas. Existe oportunidade suficiente para o cumprimento de todas as profecias, e aqueles que antes pareceram entrar em conflito são reconciliados; especialmente aqueles que falam, por um lado, de um estado mais florescente da igreja, como já para vir; e, por outro, da fatal segurança de homens nos últimos dias do mundo. 
6. Eles serão os sacerdotes de Deus e de Cristo – Portanto, Cristo é Deus.
E reinarão com ele – Com Cristo, mil anos.
7. E, quando o primeiro dos mil anos for cumprido, satanás será solto de sua prisão – E, ao mesmo tempo, a primeira ressurreição começa. Existe uma grande semelhança entre esta passagem e (capítulo 12:12) "Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo". No lançar fora o dragão, houve alegria no céu, mas calamidade sobre a terra: de maneira quando da soltura de satanás, os santos começam a reinar com Cristo; mas as nações sobre a terra são enganadas.  
8. E seguirá em frente, para enganar as nações nos quatro cantos da terra – (ou seja, em toda a terra) – o mais diligentemente, como tem sido por tanto tempo impedido, e sabe que ele tem pouco tempo.
Gogue e Magogue – Magogue, o filho de Jafé, é o pai de inumeráveis nações do ocidente em direção ao oriente. O príncipe dessas nações, das quais a parte maior daquele exército consistirá, é denominada Gogue, por Ezequiel também "Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele".Ambos gogue e Magogue significam ao alto, ou o erguer-se, um nome bem adequado tanto para o príncipe quanto o povo. Quando este líder aterrador de muitas nações aparecer, então, seu próprio nome será conhecido.
Para reuni-los – Ambos, Gogue e seus exércitos. De Gogue, pouco mais é dito, como estando logo misturado com o restante na carnificina comum. Apocalipse fala disto o mais brevemente, porque tem sido tão especialmente descrito por Ezequiel.
Cujo número é como a areia do mar – Imensamente numeroso: uma expressão proverbial.
9. E subiram sobre a largura da terra, ou região – Preenchendo toda a largura dela.
E circundaram o campo dos santos – Talvez, a igreja pagã, habitando em volta de Jerusalém.
E a cidade amada - Assim denominada igualmente (Eclesiastes 24:11 - Apócrifo) "E através do meu poder, eu tenho colocado sob meus pés os corações de todos os grandes e pequenos: em todos esses, eu busco descanso; e habitarei na herança do Senhor".
10. E eles – Todos esses.
Serão atormentados dia e noite – Ou seja, sem qualquer intermissão. Estritamente falando, existe apenas noite lá: não existe dia, nem sol, nem esperança!
11. E eu vi – Uma representação daquele grande dia do Senhor.
Um grande trono branco – Quão grande, quem pode dizer? Branco com a glória de Deus, dele que se senta sobre ele – Jesus Cristo. O apóstolo não tenta descrevê-lo aqui; apenas acrescenta aquela circunstância, acima de toda descrição. De cuja face, terra e céu fugirão – Provavelmente ambos o céu imaginário e o estrelado; que "passarão com um grande barulho". E não haveria lugar para eles – Mas eles foram totalmente dissolvidos, os mesmos "elementos derretidos, com fogo fervente". Não é dito, eles foram atirados em grandes comoções, mas eles fugiram inteiramente; não, eles partiram de suas fundações, mas "caíram em dissolução"; não, eles se removeram para um lugar distante, mas não foi encontrado lugar para eles; eles cessarão de existir. E tudo isto, não, a um comando estrito do Senhor Jesus, não na sua presença terrível, ou diante de sua indignação veemente; mas à mera presença de sua Majestade, sentando-se com dignidade severa, mas adorável, sobre seu trono.
12. E eu vi o morto, grande e pequeno – De toda as épocas e condição. Isto inclui, também, aqueles que sofreram uma mudança equivalente à morte (I Coríntios 15:51) "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".

E os livros – Juizes humanos têm seus livros escritos com pena e tinta: quão diferente é a natureza desses livros! Foram abertos – Ó quantas coisas escondidas virão para a luz; e quantas terão uma aparência completamente outra do que tinham antes, aos olhos dos homens! Com o livro da Onisciência de Deus, aquela da consciência, então, exatamente elevada. O livro da lei natural, assim como da revelada, será, então, também disposto. Não é dito: Os livros serão lidos: a luz daquele dia os tornará visíveis a todos. Então, especialmente, cada homem conhecerá a si mesmo, e isto com a derradeira exatidão. Este será a primeira, completa e imparcial história universal.   
E um outro livro – Em que são inscritos, todos que são aceitos através do Amado; todos que viveram e morreram na fé e que é operada pelo amor.
O que é o livro da vida foi aberto – Que tipo de expectativa haverá, então, com respeito à questão do todo! (Malaquias 3:16 etc.) "Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram freqüentemente um ao outro; e o Senhor atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o Senhor, e para os que se lembraram do seu nome".
13. Morte e hades desistiram do morto que havia neles – A morte desistiu de todos os corpos de homens; e o hades, o receptáculo das almas separadas, desistiu, para ser re-unido aos corpos deles. 
14. E a morte e o hades foram lançados no lago de fogo – Ou seja, foram abolidos para sempre; porque nem o reto, nem o pecaminoso deveriam morrer mais: suas almas e corpos não mais estariam separados. Conseqüentemente, nem a morte, nem o hades teriam mais existência.

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