O QUE FAZER EM TEMPO DE CRISE

Referência: Isaías 6.1-8

INTRODUÇÃO
1. Brasil, um país de contrastes
- O Brasil é um país de contrastes: a décima quarta maior potência econômica do mundo e o segunda pior distribuição de renda do planeta.
- País de grandes e ricas métropolis e regiões rurais mergulhadas na pobreza. País de grandes universidades e 75% da população que não tem capacidade de ler e interpretar o que lê.
- País de rios caudalosos e regiões áridas e desertificadas.
- Maior país católico do mundo e também maior país espírita do mundo. Ao mesmo tempo, país onde se detecta um dos maiores índices de crescimento evangélico do planeta.
- País de uma igreja evangélica que cresce, mas não influencia. Cresce, mas não é transformada nem é instrumento de transformação.

2. Brasil, um país assolado por crise avassaladora
- Estamos vivendo uma das crises mais medonhas da nossa história. As instituições democráticas estão desacreditadas. A classe mais desacreditada da nação são os líderes políticos.
- Há fortes evidências de corrupção instalada nos poderes constituídos. Aqueles que foram eleitos para legislar, governar e julgar estão, muitas vezes, mancomunados com esquemas nefastos de corrupção, roubando o dinheiro que deveria alimentar os pobres e trazer progresso a nação.

3. Brasil, um país que precisa olhar para as lições da história
- Judá está à beira do abismo. Era também uma época de crise nacional. Uzias, o grande monarca, maior esperança nacional, está morto. O país estava de luto. Que tipo de crise atingiu Judá?
a) Política interna de Judá – Com a morte do rei Uzias subiram ao poder reis que não levaram Deus a sério como Acaz e Manassés; que se voltaram para os ídolos e conduziram o povo à idolatria e à pobreza. Enquanto os governantes eram fiéis, Deus abençoava a nação e esta prosperava, mas sempre que subia ao trono um homem mau, a nação toda sofria amargamente.
- Política interna do Brasil – Esta tem sido a dramática realidade nacional. Nossos governantes, em sua maioria não conhecem a Deus. Prostram-se diante de ídolos e entregam-se a uma vida moral reprovável. O povo está cansado de ver homens inescrupulosos subindo ao poder apenas para vantagens pessoais, engordando suas contas bancárias e solapando increscrupulosamente o erário público.
b) Política externa de Judá – Deus levantou Rezin, rei da Síria e Peca rei de Israel contra Judá. Judá então pede socorro à Assíria. Abre os cofres públicos e escraviza-se ao poder estrangeiro. Depois a Assíria os ameaça e fazem aliança com o Egito para se livrarem da Assíria. Pagam tributos pesados aos estrangeiros.
- Política externa do Brasil – Nosso país também está se tornando escravo, dependente e acorrentado pelo capital estrangeiro. Os dividendos colhidos na nação são entregues para o pagamento de juros de uma dívida externa que se torna cada vez gigantesca, uma das maiores do mundo.
c) Crise econômica de Judá – Judá entrou em crise por causa dos impostos abusivos, por causa dos tributos escorchantes que nação pagava aos reis estrangeiros. O povo trabalhava, mas os lucros fugiam-lhes das mãos. Isso trouxe uma riqueza para uma minoria que “juntava casa a casa e campo a campo”, jogando o povo na miséria. O poder legislativo de Judá “decretava leis injustas para negar justiça aos pobres e para arrebatar o direito dos aflitos, despojando as viúvas e roubando os órfãos” (10:1,2).
- Crise econômica do Brasil – Nós também convivemos com a trágica realidade dos mensalões, dos milhões desviados para paraísos fiscais, do enriquecimento rápido e imoral de um bando de homens perversos e inescrupulosos que vendam a alma da nação, enquanto os impostos são abusivos, os salários são achatados, os lucros para os trabalhadores são minguados e as grandes instituições financeiras nadam em lucros estratosféricos.
d) A crise moral de Judá – O povo se corrompeu. Perdeu seus absolutos. Abraçou uma ética flácida e situacional. Perderam a noção de moralidade: “chamavam luz de trevas e trevas de luz; o doce de amargo e o amargo de doce” (5:20). Judá caiu pelos seus pecados. Roma caiu pelos seus pecados. Os impérios caíram pelos seus pecados. Deus disse para Israel: “Volta ó Israel para o Senhor teu Deus, porque pelos teus pecados estás caído” (Os 14:1).
- A crise moral do Brasil – O Brasil está na lama da imoralidade. Políticos corruptos. Campeão mundial de consumo de cachaça. As drogas e o narcotráfico ditam leis no submundo do crime. A sensualidade é desenfreada. Somos o país da maior parada gay do planeta. O país de 2 milhões de abortos criminosos por ano. O país do carnaval, dos estádios megalomaníacos, do samba. O reino da pinga, o império da desonestidade e da mentira; o país das mães adolescentes, do crime organizado, dos sequestros criminosos.
e) A crise espiritual de Judá – O povo de Judá era como filhos rebeldes. Eram pior do o animal irracional. O boi conhece o seu dono, mas Judá não conhecia o Senhor. Judá estava doente: com feridas dos pés à cabeça. A despeito desse marasmo o povo ainda mantinha as aparências e fazia sacrifícios ao Senhor. Mas Deus estava cansado desse culto hipócrita.
- A Crise espiritual do Brasil – O Brasil é o país que adora um ídolo pescado no rio Paraíba do Sul como sua padroeira e protetora. O Brasil é o país que adora e obedece a espíritos enganadores. O Brasil é o país que multiplica seus ídolos e santos de devoção. O Brasil é o país que vê crescer uma igreja evangélica que prega outro evangelho: sincrético, místico, semi-pagão. O Brasil é um país que vê a igreja evangélica transformando-se num mercado, onde floresce uma igreja sem doutrina, sem moral, sem compromisso, sem ética.
- O que fazer nesse tempo de crise?

I. NA CRISE PRECISAMOS OLHAR PARA CIMA E SABER QUE DEUS REINA – V. 1-3
1. Precisamos saber que Deus está no trono
• As nossas crises não apanham Deus de surpresa. As nossas crises não abalam o trono de Deus. Deus reina. Os céus governam a terra. Deus dirige a história. Quem dirige os destinos da humanidade não são os poderosos, mas o Todo-Poderoso.
• Esta é a grande mensagem de Isaías. Essa é a grande mensagem do livro de Apocalipse. Deus está no trono. Não importam as crises. Não importa a fúria do dragão, o ódio do anticristo, a sedução do falso profeta, os encantos da grande meretriz. Deus reina. Ele está no comando e ele vai colocar todos os seus inimigos debaixo dos seus pés.
• Não se desespere, nem um fio de cabelo da sua cabeça pode cair sem que ele o permita. Ele Reina!
2. Precisamos saber que Deus é santo, santo, santo
• Quando a Bíblia diz santo, ela define. Quanto diz: santo, santo ela enfatiza. Quando ela diz: santo, santo, santo ela coloca no grau superlativo. Deus é majestoso. Ele glorioso. Ninguém jamais pode ver a Deus. Ele habita em luz inascessível.
• A maior necessidade da igreja hoje é ter uma percepção da majestadade de Deus em seu meio. Precisamos ter um senso da glória de Deus. É impossível ter uma visão da glória de Deus sem se humilhar ao pó.
3. Precisamos saber que os seres mais exaltados, adoram a Deus da maneira mais humilde
• Os serafisn cobrem o rosto e os pés num gesto de profunda reverência. E voam para cumprir suas ordens. Das seis asas, eles usam quatro para adorar e duas para servir. Só os próprios serafins se prostram e nós poderemos nos manter altivos na sua presença?
4. Precisamos saber que os seres mais exaltados proclamam quem Deus é e o que Deus faz
• Deus é santo e toda a terra está cheia da sua glória. Ele é o Senhor dos Exércitos, o Deus que luta por nós, que guerreia as nossas guerras, que se manifesta e que age poderosamente em favor do seu povo.

II. NA CRISE PRECISAMOS OLHAR PARA DENTRO E SABER QUE PRECISAMOS DA MISERICÓRDIA DE DEUS – v. 4-7
1. Precisamos ter uma visão pessoal da nossa real condição aos olhos de Deus
• Antes de Isaías contemplar a Deus, ele distribuiu uma série de Ais: 1) Ai dos gananciosos (5:8); 2) Ai dos beberrões (5:11); 3) Ai dos injustos (5:18); 4) Ai dos corrompidos moralmente (5:20); 5) Ai dos soberbos (5:21); 6) Ai dos farristas (5:22). Mas, agora, quando vê o Senhor, ele se volta para dentro de si e diz: 7) Ai de mim (6:5).
• Russel Shedd diz que o maior pecado da igreja hoje é a dureza de coração.
• É falta de quebrantamento. É ausência de choro pelo pecado.
2. Precisamos ter uma visão de profunda angústia pelo nosso pecado
• Este Ai de Isaías é um ai de dor, de lamento, de angústia, de tristeza profunda. Ele não chora apenas as consequências do seu pecado, mas ele lamenta porque seus lábios são impuros. Só quem tem um verdadeiro encontro com Deus, consegue enxergar a malignidade do seu pecado. Quanto mais perto de Deus, mas se vê a hediondez do pecado.
3. Precisamos ter uma visão do pecado que nos rodeia
• Isaías disse: “e habito no meio de um povo de impuros lábios”. Isaías se incomoda com o pecado do seu povo. Ele chora pelo pecado da nação. Ele geme de dores por causa da transgressão do seu povo. Ele não é um homem alienado espiritualmente. AS feridas do seu povo estão doendo no seu coração.
4. Precisamos ter uma visão da graça perdoadora de Deus – v. 6-7
• Não há perdão, onde não há confissão. Hoje pregamos a fé sem o arrependimento. A salvação sem a conversão.
• Deus é Deus de perdão. Você pode ser transformado hoje. Seu vocabulário pode mudar. Seu coração pode mudar. Uma fonte de vida pode brotar do seu interior. Você pode ter uma mente pura, um coração puro, um namoro puro, um casamento santo.
• A mulher samaritana recebeu uma nova vida. Zaqueu achou paz para o seu coração; a mulher pecadora foi perdoada; Bartimeu teve seus olhos abertos; o leproso foi purificado; o ladrão foi recebido no paraíso. Cristo pode agora mesmo libertar você também. Pode perdoar o seu pecado e fazer de você uma nova criatura.

III. NA CRISE PRECISAMOS OLHAR PARA FORA E OUVIR O DESAFIO DE DEUS E VER A NECESSIDADE DO MUNDO – v. 8
1. O envio de Deus nunca precede a restauração espiritual
• Vida com Deus é mais importante do que vida para Deus. Vida vem antes do trabalho. Consagração vem antes do ministério. Só depois que Isaías viu a Deus e foi perdoado é que pode ouvir o desafio de Deus para fazer sua obra.
• Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós. Adoração vem antes de missão. Santificação vem antes de serviço.
2. O chamado é dirigido a todos aqueles que foram perdoados
• O Deus que salva, é o mesmo que chama para o serviço. Deus não nos salvou para a indolência, mas para o serviço. Somos todos membros do corpo. Somos todos ramos da videira. Somos todos ovelhas. Somos todos ministros da reconciliação. Não fecha os ouvidos. Não endureça seu coração. O campo é o mundo. Não chegue diante de Deus de mãos vazias. Deus salvou você apenas para levar você para o céu, mas para que você fosse um vaso de honra em suas mãos a levar esse evangelho aos pecadores.
• A missionária que disse: “eu não recebi um chamado, eu obedeci a uma ordem”.
3. A disposição de atender o chamado de fazer a obra de Deus
• Isaías se coloca nas mãos de Deus. O fogo começou a arder em seu peito. A brasa havia queimado em seus lábios. Ele se levantou. Ele se dispôs. Ele atendeu.
• Isaías denunciou o pecado. Apontou com firmeza os desmandos do rei Acaz. Atacou a exploração dos pobres. Denunciou a ganância insaciável dos ricos. Interferiu nos pactos internacionais com o Egito em vez de confiar no Senhor. Denunciou a religião sem vida.
• Hoje temos muitos desafios: na família, na escola, na empresa, no trabalho. Deus está chamando você para ser uma bênção em sua nação. Deus está chamando você para se levantar e por a mão no arado.
• O clamor dos céus cruza os séculos e cai nos nossos ouvidos; “A quem enviarei e quem há de ir por nós? Eis-me aqui, envia-me a mim!”.

Rev. Hernandes Dias Lopes

COMO VENCER AS DIFICULDADES E BUSCAR NOVOS DESAFIOS

A história de Jabez é uma das mais curtas biografias da Bíblia e também uma das mais sugestivas. Ele tornou-se mais ilustre do que seus irmãos, pois embora tenha recebido um nome pejado de estigma, não aceitou passivamente a decretação da derrota em sua vida. Ele sacudiu o jugo da crise e buscou horizontes mais espaçosos na sua caminhada. Estamos atravessando a fronteira de mais um ano. É tempo de nos desvencilharmos das dificuldades do passado, subirmos nos ombros dos gigantes e olharmos para a vida com a visão do farol alto. O que Jabez fez que o tornou mais nobre do que os seus irmãos?

1. Ele rogou a bênção de Deus (1Cr 4.10) – Jabez invocou o Deus de Israel, o Deus vivo e não um ídolo morto. Ele foi à fonte certa, com o pedido certo e com a motivação certa. Seu clamor é profundo: “Oh! Tomara que me abençoes!”. Somente através da bênção de Deus podemos sair dos desertos esbraseantes para os prados cheios de verdor; somente através da bênção de Deus podemos curar os traumas do nosso passado para vivermos uma vida livre, abundante e feliz. A bênção de Deus enriquece e com ela não existe desgosto. O nosso Deus é aquele que já tem nos abençoado com toda sorte de bênção em Cristo Jesus nas regiões celestes.

2. Ele pediu a Deus o alargamento de suas fronteiras (1Cr 4.10) – Jabez não era um homem acomodado. Ele olhava para frente e queria conquistar mais terreno, queria alargar o espaço da sua tenda, queria ampliar seus horizontes e conquistar novas fronteiras. Não basta desvencilhar-se das amarras do passado, precisamos alçar vôos mais altos em relação ao futuro. Jabez queria mais espaço, influência, trabalho, frutos, e conquistas. Seu coração palpitava por vitórias mais expressivas, por alvos mais arrojados, por sonhos mais altaneiros. De igual forma, precisamos ter sonhos mais ousados na nossa vida pessoal, familiar e espiritual. Há terreno ainda por ser conquistado!

3. Ele suplicou pela presença de Deus (1Cr 4.10) – Jabez entende que seus sonhos não podem ser realizados se a mão de Deus não for com ele. Ele não quer apenas coisas, ele quer Deus. Coisas sem Deus não satisfazem a alma. Sem a presença de Deus não podemos caminhar vitoriosamente. Nossa maior necessidade é de Deus. Nossa jornada jamais poderá ser bem sucedida se a mão de Deus não for conosco. Foi a presença de Deus que sustentou, protegeu e guiou o povo de Israel pelo deserto quarenta anos. É a presença de Deus que inunda a igreja de ânimo e força na sua caminhada pelos vales e outeiros da História. Temos a promessa de Jesus: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

4. Ele clamou pela proteção de Deus (1Cr 4.10) – Jabez compreende que a jornada da vida é cheia de perigos. Há caminhos escabrosos, inimigos aleivosos, temores assombrosos. Precisamos da proteção divina. Jabez pede livramento do mal e do maligno. Ele compreende que somente Deus pode nos livrar dos laços e armadilhas do maligno. Jabez sabe que não pode vencer sem a proteção do Altíssimo, por isso clama e roga o livramento não apenas do maligno, mas também da aflição decorrente de sua investida. Não temos força nem armas suficientes em nós mesmos para entrarmos nessa batalha; mas, com a força do Eterno e revestidos com sua armadura podemos triunfar.

O texto de 1Crônicas 4.10 termina dizendo: “E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. Deus responde as nossas orações. Ele muda a nossa sorte. Ele transforma choro em alegria, vales em mananciais, o cerco do inimigo em porta da esperança. Estamos atravessando os portais de um novo ano. Faça o que Jabez fez. Clame também ao Senhor e você verá que um novo tempo poderá raiar também em sua vida!


Rev. Hernandes Dias Lopes

A LIBERTAÇÃO DE JESUS

Referência: MARCOS 5.1-20

Existem muitas pessoas cativas: pelo diabo, pecado, desejos da carne.
Este texto fala de um homem cativo que foi liberto por Jesus.

I. A CIRCUNSTÂNCIA
Era noite. Tinha acontecido uma tempestade. Jesus chega num lugar de despenhadeiro.
Era uma região com cavernas, sepulcros, um cemitério.
Ouvem-se gritos de horror. Aparece um homem ferido, sangrando, com pedras nas mãos, furioso, possesso. A ação dos demônios.

II. A CONDIÇÃO DESSE HOMEM
1. Era um anônimo = Sem identidade, sem nome, sem linhagem, sem referência existencial. Não tinha fama, nem títulos, nem prestígio social.
2. Estava sob o domínio absoluto de forças malignas – v. 2 = “possesso de espírito imundo” = Não fazia sua vontade. Era controlado pelos demônios. Estava no cabresto.
3. Não tinha mais equilíbrio mental – v. 2 = “Possesso”- uma entidade maligna agia nele e através dele.
4. Não tinha mais pureza – v. 2 = Os demônios só o empurravam para o que imundo, sujo, asqueroso e nojento – Despachos em cemitérios, desenterrando defuntos.
5. Não tinha mais gosto pela vida – v. 3 = “vivia nos sepulcros…”- vivia num contexto de morte.
6. Não se deixava subjugar por forças físicas, mas estava subjugado pelos demônios – v. 3,4 =
7. Não tinha descanso – v. 5 = “Andava sempre de noite e de dia
8. “Não tinha mais amor próprio – v. 5 = “Ferindo-se com pedras”- Estava submerso num processo de morte Destruía seu corpo – feria-se com pedras. Destruía seus sentidos – perdera a noção do tempo.
9. Não tinha mais coerência – esquizofrenia – v. 6,7 = Adora a Jesus e diz “Não me atormentes.”
10. Não tinha mais identidade própria – v. 9 = Vemos aqui a extensão do mal – LEGIÃO = Qual é o teu nome? Os demônios responderam com um número e não com um nome. Era uma possessão múltipla. LEGIÃO = uma divisão do exército romano composta de uns 6.000 soldados de infantaria e cavalaria. Essas legiões formavam o braço forte com o qual Roma havia subjugado o mundo. Assim era o poder diabólico que dominava esse pobre homem.
11. Não tinha mais brandura – Mt. 8.28 = Furioso. Ninguém podia passar por aquele caminho. Transforma o homem num monstro celerado.
12. Não tinha mais pudor e honra – Lc 8.27 = “Havia muito não se vestia…”
13. Vivia na solidão – não tinha mais a assistência da família – Lc 8.27,29 = “Nem habitava em casa alguma…era impelido pelo demônio ao deserto.” – Apesar de ter dentro de si 6000 demônios estava só. Satanás só traz vazio e solidão.

III. A INTERVENÇÃO LIBERTADORA DE JESUS
1. Jesus revela o seu amor
a) Jesus faz um trajeto perigoso, enfrenta uma tempestade à noite para salvar apenas uma alma. Vai a Gadara só por causa de um homem.
b) Jesus se importa com este homem mesmo ele sendo: gentio, possesso e estando ferido, insano, nu, violento e no cemitério.
2. Jesus revela o seu poder
a) Os demônios sentem-se atormentados por Jesus
b) Jesus permite os demônios entrar nos porcos: 1) para mostrar o poder terrível que estava no homem. 2) Para mostrar que o homem vale mais que porcos. 3) Para mostrar sua autoridade sobre os demônios.
c) Jesus liberta o cativo

IV. OS EFEITOS DA LIBERTAÇÃO DE JESUS
1. Restauração integral = Jesus reintegra o homem quebrado pelo diabo – v. 15
a) Antes louco, agora em perfeito juízo = sua mente foi curada – v. 15
b) Antes andando de dia e de noite, agora assentado aos pés de Jesus = v. 15; Lc 8.35 – QUIETUDE E DEVOÇÃO
c) Antes nu, agora vestido = reintegração moral e social – v. 15
d) Antes possesso de demônios, agora aos pés de Jesus
e) Antes perigoso, agora ordeiro, calmo
f) Antes um problema para a família, agora uma bênção para a família = Jesus o manda de volta para o meio daqueles que viram mais de perto sua miséria.
g) Antes queria que Jesus se afastasse dele, agora quer seguir a Jesus
h) Antes andava no cemitério, nos sepulcros, no reino da morte e obedecia aos caprichos dos demônios, agora, está aos pés Daquele que é a ressurreição e a vida e tem prazer em obedecer Àquele que é a luz do mundo.
i) Antes era arauto da morte e do medo, agora é missionário de Cristo
j) Antes vivia uma vida desregrada e não se sujeita a ninguém, agora obedece à ordem de Jesus e vai pregar como missionário às dez cidades.

CONCLUSÃO

TEMOS EM GADARA DUAS REAÇÕES;
1) Gadareno salvo = quer estar com Jesus – v. 15
2) Povo de Gadara manda Jesus ir embora: a) Não perturbe nossa comodidade; b) Não perturbe nossos bens; c) Não perturbe nossa religião.

Jesus não desiste destes gentios de Gadara. Antes de ir embora enviou-lhes um missionário.
Jesus revelando paixão pelas almas = Vai a Gadara salvar um homem.
Os gadarenos por amor aos porcos rejeitam a Jesus = Por causa das perdas mandaram Jesus ir embora. Preferiram os demônios a Jesus por amor aos porcos.
O QUE VOCÊ VAI FAZER? Aceitar Jesus? Obedecer Jesus? Andar com Jesus? Ou vai pedir para Jesus ir embora da sua vida? É inadiável a decisão. Escolha Jesus!

Rev. Hernandes Dias Lopes.

PACIÊNCIA, VOCÊ AINDA TEM?

Hoje li uma reflexão do Arnaldo Jabor que me fez repensar o meu grau de paciência. Se você conseguir ler até o fim, vai fazer bem para a sua alma.

O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir,
entender sem reclamar...
A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência.
Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente
iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros
que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'...
E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta
selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um
tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma
chata, o marido uma 'mala sem alça'.
Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola
uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava
demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a
cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem
sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida,
sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência
sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele
quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do
dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua
paciência....

por Arnaldo Jabor

BOMBEIROS... UMA FILOSOFIA DE VIDA!

A história que vocês irão ler já é conhecida de muitos. Ela foi publicada na "Revista Bombeiros em Emergência nº 19 - SP", está em muitos sites especializados, já foi lida em diversas formaturas de Bombeiros, está em nossa exposição da BASP e já circula pela internet. Vale a pena ler até o fim.

Henrique - Bombeiro

A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos,que estava doente de leucemia. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que ele crescesse realizasse seus sonhos. Agora, isso não seria mais possível, por causa de uma leucemia terminal. Junto dele, tomou-lhe a mão e perguntou:

- Filho, você alguma vez já pensou o que gostaria de ser quando crescesse?

- Mamãe, eu sempre quis ser um Bombeiro!

A mãe sorriu e disse:

- Vamos ver o que podemos fazer.

Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local e contou ao Chefe dos Bombeiros a situação de seu filho e perguntou se seria possível o garoto dar uma volta no carro dos Bombeiros, em torno do quarteirão.

O Chefe dos bombeiros, comovido, disse:

- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Se você estiver com o seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma semana, nós o faremos um Bombeiro honorário, por todo o dia. Ele poderá vir para o quartel, comer conosco e sair para atender às chamadas de emergência. E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme completo: chapéu com o emblema de nosso batalhão, casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.

Uma semana depois, o bombeiro-chefe pegou o garoto, vestiu-lhe o uniforme de Bombeiro e o escoltou do leito do hospital até o caminhão de bombeiros. O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi até o quartel central. Parecia-lhe estar no céu...

Ocorreram três chamadas naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todas as três. Em cada chamada, ele foi em veículos diferentes: no auto-tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe dos Bombeiros. Todo o amor e atenção que foram dispensados ao menino acabaram comovendo-o tão profundamente, que ele viveu três meses a mais que o previsto.

Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar ao hospital, toda família. Então, ela lembrou a emoção que o garoto tinha passado como um Bombeiro, e pediu à enfermeira que ligasse para o chefe da corporação, e perguntasse se seria possível enviar um Bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com o menino.

O chefe dos Bombeiros respondeu:

- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO!

Nós estaremos aí em cinco minutos. Mas faça-me um favor: Quando você ouvir as sirenes e vir as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio apenas o corpo de Bombeiros vindo visitar mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!

Cinco minutos depois, as viaturas chegaram no hospital. Estenderam a escada até o andar onde garoto estava, e 16 Bombeiros subiram. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram, e disseram que o amavam. Com a voz fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:

- Chefe, eu sou mesmo um Bombeiro?

- Sim, você é um dos melhores - disse ele.

Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.

Qualquer que seja a nossa atividade profissional, devemos ter em mente a importância de fazermos algo mais. No caso presente, que é uma história verídica, restou a revista BOMBEIROS EM EMERGÊNCA (SP) repassá-la a todos os leitores para que sua filosofia e princípios sejam internacionalizados. E você, diante do pedido de seus pais, irmãos, filhos parentes e amigos, tem respondido "EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO!"? Reflita se sua vida tem sido em serviço ao próximo e tome uma decisão hoje mesmo. Um amigo meu disse uma vez: "Pior do que você querer fazer e não poder, é você poder fazer e não querer."

"A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos" .

Deus te abençoe!!!

PERSPECTIVA BIBLICA DIANTE DO AUMENTO DO DIVÓRCIO ENTRE OS EVANGÉLICOS

O número de divórcios está crescendo dramaticamente na sociedade, mostrando que hoje muitos casais o consideram uma opção importante quando um casamento não vai bem. No Brasil, um de cada quatro casamentos acaba em divórcio e nos Estados Unidos o problema atinge quase metade dos casamentos. Mas o que impressiona mais é que estudos mostram que os cristãos são tão vulneráveis ao divórcio quanto qualquer outra pessoa.

Todos os anos, milhares de cristãos decidem, por diversos motivos, terminar seu casamento. Um estudo realizado pelo Barna Research Group revela que o índice de divórcio entre os cristãos americanos está realmente um pouco mais elevado do que entre os que não são cristãos. Entre os adultos que não são cristãos, 24 por cento estão atualmente ou já estiveram divorciados. Em comparação, 27 por cento dos crentes que acham que nasceram de novo estão nessa mesma situação. Essa tendência prejudica o testemunho dos cristãos na sociedade. Há a informação de que até os ateus estão, com alegria, utilizando o mesmo estudo para anunciar que quem não crê em Deus tem o índice mais baixo de divórcio.

Embora pareça uma opção aceitável no caso de um casamento infeliz e tumultuado, o divórcio sempre marca uma família. Filhos de pais divorciados, muitas vezes, desenvolvem depressão e ansiedades profundamente enraizadas em si mesmos, suas família e seus relacionamentos com os pais e amigos. O divórcio torna as crianças novas, quietas e deprimidas e os adolescentes, revoltados, agressivos e até mesmo vulneráveis à delinqüência e às drogas. Pesquisas também mostram que pessoas separadas e divorciadas sofrem mais sentimentos de infelicidade, solidão e doenças crônicas e agudas do que as pessoas casadas ou solteiras. (Informações extraídas do CD-Rom The Family in América, New Research (digital archive), março de 1987-julho de 1996.)

Não há dúvida de que o divórcio é uma tragédia que vem crescendo no meio das igrejas. Não há cristão que não conheça casal dentro da igreja se separando ou já separado. Os exemplos incluem até evangélicos em posição de liderança.

Não é fácil lidar com tudo o que está relacionado com o divórcio e o recasamento. Até mesmo estudiosos da Bíblia têm muita dificuldade para debater essas questões num nível teológico. Portanto, não é sem razão que há tantas opiniões e interpretações variadas. Tudo o que sabemos sobre os sentimentos de Deus é que ele declarou: "Odeio o divórcio". (Ml 2:16) Fica então uma pergunta intrigante: Por que está aumentando entre os evangélicos algo que Deus odeia? Parece haver uma necessidade de abordar o assunto da forma mais bíblica possível, a fim de que mais casamentos possam ser preservados. Cabe, é claro, principalmente à liderança, adquirir um conhecimento bíblico adequado e aplicá-lo para proteger seus rebanhos das tendências que estão destruindo os casamentos no mundo.

Então, o estudo presente foi preparado para enriquecer nosso conhecimento sobre o assunto com uma visão breve no Novo Testamento (NT). O objetivo não é tratar dos complexos problemas existentes depois que um casal evangélico já seguiu a tendência de divórcio ou recasamento. Tudo o que se pretende é chegar a uma perspectiva da Palavra de Deus que seja útil para os casais evangélicos, antes que eles pensem em seguir essa tendência.

O que a Bíblia diz?

O que o NT ensina sobre o divórcio? É comum hoje entender que em Mateus 19:9 Jesus permite o divórcio em situações de infidelidade conjugal. Mas por que ele também não incluiu os casos de violência doméstica e abandono?

Essa passagem na verdade trata de um problema relativamente comum entre os judeus daquela época: divórcio e recasamento.

Geralmente, o judeu queria o divórcio a fim de poder se casar novamente. O Antigo Testamento (AT) permitia essa possibilidade por razões mais amplas do que a infidelidade conjugal. É por isso que os apóstolos pareceram decepcionados com a posição "restritiva" de Jesus.

Contudo, Jesus tinha um jeito especial de lidar com situações complicadas. Quando os líderes religiosos judeus trouxeram uma mulher apanhada no ato de adultério diante de Jesus, ele foi extremamente inteligente. Em vez de se mostrar contra ou a favor, ele lhes deu uma resposta que os conduziu a uma profunda reflexão do estado de vida de cada um deles: "Quem estiver sem pecado, jogue a primeira pedra". (Cf. Jo 8:2-11)

Na passagem sobre o divórcio, Jesus agiu da mesma forma, numa situação igualmente complicada. Ele respondeu aos líderes religiosos judeus de um modo que pudesse levá-los a refletir mais no que é o casamento diante de Deus. Ele disse: "Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério". (Mt 19:9 NVI)

Os outros Evangelhos também citam a mesma passagem, mas não fazem nenhuma referência ao trecho em que Jesus menciona exceto por imoralidade sexual:

Em Marcos, Jesus diz: "Todo aquele que se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério contra ela". (Mc 10:11 NVI)

Em Lucas, Jesus diz: "Quem se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher estará cometendo adultério, e o homem que se casar com uma mulher divorciada estará cometendo adultério". (Lc 16:18 NVI)

Por que parece haver tal contradição nas declarações de Jesus nos Evangelhos? Por que Mateus resolveu tratar do assunto de modo diferente? Enquanto em Marcos e Lucas, Jesus parece ser categoricamente contra o recasamento, em Mateus ele mostra que há uma situação especifica em que um homem ou mulher pode se divorciar e casar novamente. Em outras palavras, somente a imoralidade sexual permite essa possibilidade. Como explicar essa diferença de ensino?

Entendendo o objetivo de cada livro da Bíblia

Embora tenhamos a Bíblia como uma coleção completa de livros hoje, originalmente cada livro (no caso, cada Evangelho) foi escrito como uma carta, dirigida a pessoas específicas. Os livros de Marcos, Lucas e João foram escritos de modo geral para cristãos que não eram judeus. No primeiro século da era cristã, nenhuma igreja possuía sozinha todos os livros do NT. Só séculos mais tarde é que as igrejas passaram a desfrutar das bênçãos de possuir a coleção completa das cartas reunidas dos apóstolos.

Assim, tratando-se dos Evangelhos na época em que foram escritos há dois mil anos, uma igreja em determinado lugar recebeu o Evangelho de João, outra recebeu o Evangelho de Marcos e um homem importante chamado Teófilo recebeu o Evangelho de Lucas. Essas cartas foram preparadas para cristãos sem muito conhecimento nos costumes judaicos. Mas para quem foi escrita e dirigida a carta de Mateus?

Um fato importante é que o NT foi escrito em grego, a língua mais usada pelo mundo na época dos apóstolos. No entanto, especialistas acreditam que o único livro do NT que originalmente não foi escrito em grego é Mateus, que se presume ter sido escrito primeiro em aramaico, a língua utilizada pelos judeus da época. Mais tarde, o Evangelho de Mateus foi traduzido para o grego.

Então, sabe-se que três Evangelhos foram escritos para quem não era judeu, e apenas um trata das necessidades especificas dos judeus.

Portanto, na passagem de Jesus sobre o divórcio, Marcos e Lucas não mencionaram o trecho exceto por imoralidade sexual por um nobre motivo: eles queriam poupar a mente dos cristãos não-judeus das questões particulares dos judeus. Da mesma forma, Paulo, que era judeu e tinha um ministério voltado para alcançar quem não era judeu, jamais tocou no assunto da exceção de Jesus, a fim de não confundir os não-judeus. Marcos, Lucas e Paulo sabiam o que Jesus havia dito, mas sabiam também que a declaração completa só era relevante para os judeus. Assim sendo, o que um judeu era levado a pensar quando ouvia: "Quem se divorciar de sua esposa e se casar com outra mulher comete adultério, a não ser no caso de adultério"?

Adultério como crime social

Os judeus viviam de acordo com as leis do AT. Para eles, só havia uma lei para o pecado do adultério. "Se um homem cometer adultério com a mulher de outro, ele e a mulher deverão ser mortos". (Lv 20:10 BLH) A pena de morte, aplicada no cônjuge culpado, liberaria o cônjuge inocente para se casar com outra pessoa. Há outras evidências bíblicas que mostram que só a morte de um cônjuge libera o outro, se assim ele o desejar, para um novo casamento. Em Romanos, Paulo diz: "Por exemplo, pela lei a mulher casada está ligada ao seu marido enquanto ele estiver vivo; mas, se o marido morrer, ela estará livre da lei do casamento. Por isso, se ela se casar com outro homem enquanto seu marido ainda estiver vivo, será considerada adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre daquela lei, e mesmo que venha a se casar com outro homem, não será adúltera". (Rm 7:2-3 NVI, o destaque é meu.) Qualquer judeu, como o próprio Paulo, podia compreender que a única base para o recasamento é a morte do outro cônjuge.

No entanto, se alguém que não pertencia ao povo de Israel lesse Mateus 19:9, ele entenderia que só pode haver divórcio em caso de adultério. Ele entenderia dessa forma justamente porque sua mente não teria condições de ver o texto como um judeu, que conhecia o AT. Assim, ele não saberia que há uma penalidade máxima para o pecado do adultério.

Embora o AT desse liberdade para os judeus se divorciarem por vários motivos para poderem se casar novamente, Jesus limitou essa liberdade a um único motivo, mas com uma resposta que tinha como objetivo levar os judeus a refletir profundamente no significado e projeto de Deus para a união familiar. Além disso, ele mostrou que a lei de divórcio do AT foi estabelecida por causa da dureza de coração do próprio povo de Deus.

Como todo bom judeu, os discípulos de Jesus apreciavam a lei de divórcio do AT. É por isso que eles expressaram certo descontentamento e desapontamento com o posicionamento de Jesus permitindo divórcio e recasamento somente no caso de imoralidade sexual. Eles disseram: "Se o relacionamento de um homem com sua esposa é assim, não vale a pena casar!" (Mt 19:10 ISV)

O que os deixou assim desanimados e o que também deixaria qualquer outro judeu no mesmo estado de insatisfação, é que ao aceitar o posicionamento de Jesus, o judeu que pretendia se divorciar e casar novamente teria de aceitar a lei divina que trata da pena para o pecado do adultério.

Espaço para a graça da restauração

Entretanto, onde fica o espaço para a graça de Deus em toda essa situação, em que fica aberta a possibilidade de recasamento somente com a morte do cônjuge culpado? O judeu que lesse o Evangelho de Mateus teria, inevitavelmente, de ler a passagem logo antes da declaração de Jesus sobre o divórcio (Mt 18:23-35). Quando Mateus escreveu aos judeus, sua carta não tinha capítulos nem versículos. Assim, a passagem sobre o perdão (Mt 18:23-35) estava unida à passagem sobre o divórcio (Mt 19:1-12). Então, antes de pensar em divórcio o judeu já precisaria pensar em perdão. Com a direção do Espírito Santo, o judeu obediente a Jesus poderia liberar o perdão e deixar a graça de Deus vencer e prevalecer onde o pecado queria destruir.

Portanto, é possível entender que a graça do perdão está disponível para curar e restaurar casamentos. A graça de Jesus veio para restaurar, não destruir.

Contudo, um cristão não-judeu interpretaria a passagem de Mateus como se o NT permitisse divórcio apenas no caso de adultério. Tal interpretação deixaria sem resposta algumas importantes questões: Como, por exemplo, ficaria a situação de esposas casadas com homens beberrões, violentos ou até criminosos?

Como Paulo tratou a questão

Paulo, que pregava a graça de Deus e era hostilizado pelos judeus legalistas, abordou o assunto da separação. Ele ensinou: "Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher. Por causa dos problemas atuais, penso que é melhor o homem permanecer como está. Você está casado? Não procure separar-se" (1 Co 7:10-11, 26-27a NVI, o destaque é meu). Em situações em que um cônjuge descrente resolve se separar, Paulo via na separação liberdade para o cônjuge crente: "Todavia, se o descrente separar-se, que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo de servidão; Deus nos chamou para vivermos em paz." (1 Co 7:15 NVI)

É claro que na opinião de Paulo o estado ideal para os solteiros era não se casarem, a fim de estarem livres para servir ao Senhor. Então, no caso de um cristão casado se separando, a idéia não é outra: sua liberdade é oportunidade de servir ao Senhor sem nenhum impedimento. Paulo via um homem ou mulher fora do casamento como um cristão inteiramente livre para trabalhar para Deus, sem as preocupações e ocupações que tomam o tempo quando alguém é casado e é obrigado a pensar em suprir as necessidades do cônjuge. Ele diz: "Por causa dos problemas atuais, penso que é melhor o homem permanecer como está. Você está solteiro? Não procure esposa. Gostaria de vê-los livres de preocupações. O homem que não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor. Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido. Tanto a mulher não casada, como a virgem, preocupam-se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito. Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar seu marido" (1 Co 7: 26-27b, 32-34 NVI).

Ainda que nunca tenha tratado diretamente do problema do divórcio, Paulo compreendia que a única razão para o recasamento é a morte de um dos cônjuges. Ele diz: "A mulher está ligada ao seu marido enquanto ele viver. Mas, se o seu marido morrer, ela estará livre para se casar com quem quiser, contanto que ele pertença ao Senhor. Em meu parecer, ela será mais feliz se permanecer como está" (1 Co 7:39-40a NVI).

Os apóstolos vieram a compreender bem essa verdade, porém por um tempo acharam muito difícil aceitar a perspectiva de casamento que Jesus havia colocado diante deles. É por isso que eles disseram aborrecidos: "Se a situação de um homem com sua esposa é assim, não é vantajoso, nem aconselhável casar" (Mt 19:10 AB). Isto é, se o único motivo para o recasamento é a morte de um cônjuge, eles achavam que o melhor era não casar! Afinal, qual o judeu que se divorciaria se soubesse que não poderia casar de novo? Para eles, era muito difícil aceitar o casamento como uma aliança para a vida inteira, "até que a morte os separe".

Então Jesus lhes respondeu: "Nem todos podem aceitar esta verdade sobre o casamento. Mas Deus capacitou alguns para aceitá-la. Há motivos diferentes por que alguns homens não podem se casar. Alguns homens nasceram sem a capacidade de se tornar pais. Outros foram incapacitados assim mais tarde na vida por outras pessoas. E outros homens renunciaram ao casamento por causa do reino do céu. Mas a pessoa que está em condições de se casar tem de aceitar esse ensino sobre o casamento" (Mt 19:11-12 NCV, o destaque é meu). Nem todos, no meio do próprio povo de Deus, conseguem aceitar o projeto de casamento de Deus, mas somente os que foram capacitados. É óbvio que o ser humano tem a capacidade de desunir onde há corações endurecidos, porém Jesus declarou: "Portanto, não deixem ninguém separar o que Deus uniu" (Mt 19:6b GW). Não é que ele não estivesse consciente dos problemas que um casamento enfrenta. É que ele sabia que Deus tem o poder de capacitar para união, fortalecimento, perdão e restauração onde há corações abertos. Nenhum casal é perfeito, mas quando se abre espaço para Deus capacitar, as situações mais difíceis podem se tornar oportunidades para experimentar grandes vitórias (cf. Tg 1:2-4,12).

Modelos são indispensáveis

Examinamos um pouco o que a Palavra de Deus diz. Agora, o que se pode fazer para que menos casais evangélicos sigam a tendência de divórcios e recasamentos no mundo? A resposta são os líderes cristãos. Eles têm um chamado especial para "serem exemplos para o rebanho seguir" (1 Pe 5:3b GW). O que então qualifica um homem para liderar e servir de modelo? "É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar" (1 Tm 3:2 NVI, o destaque é meu). É possível também traduzir essa passagem assim: "Portanto, é necessário que o pastor tenha um caráter que ninguém possa culpar de nada, tenha tido só uma esposa ou tenha se casado uma vez só." Outros líderes da igreja também devem ter a mesma qualificação (cf. vers. 11).

Por que Deus estabelece que a liderança deve ter um padrão de vida familiar? Vivemos num mundo cheio de influências erradas. Por isso, Deus quer que pelo menos na igreja as famílias tenham a oportunidade de ver exemplos diferentes dos que existem no mundo e se modelar através desses bons exemplos. A Bíblia mostra que pastores e outros líderes, casados só uma vez, são o exemplo e o modelo ideal para a congregação. Por quê? Porque o ser humano tem uma fraqueza: imitar quem está em posição de autoridade ou destaque. Embora muitas pessoas não imitem aqueles que elas adoram, a realidade mostra que a vida errada de muitos artistas de TV, agora é vivida por um grande número de seus admiradores.

Paulo colocou ordem na liderança porque certamente as congregações não-judias tinham vários casos de divórcio e recasamento. Assim, era preciso estabelecer bons modelos, para que os exemplos do mundo não fizessem parte da vida da igreja. O divórcio é um problema que afeta toda a sociedade, porém deve haver um padrão melhor na liderança, para que o que é comum no mundo não seja normal na igreja. Deus odeia o divórcio, mas os cristãos de hoje estão sendo de tal forma afetados por imagens, exemplos e modelos de divórcios e recasamentos da sociedade que eles estão começando a agir como se Deus amasse esses problemas! O modo ideal de neutralizar a influência negativa do mundo nos casamentos da igreja é fazer o que Paulo orienta: colocar na liderança homens que tenham um exemplo excelente. Esses líderes serão uma influência positiva na vida das famílias da igreja. Quando virem seu pastor e outros líderes amando a esposa, sendo fiel a ela e preservando a união familiar, muitos vão seguir seu exemplo.

Abreviaturas de versões bíblicas:

AB: Amplified Bible (Bíblia Ampliada)
BLH: Bíblia na Linguagem de Hoje
GW: God's Word (A Palavra de Deus)
NCV: New Century Version (Versão do Novo Século)
NVI: Nova Versão Internacional

Copyright 2003 Julio Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização expressa de seu autor. Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia. E-mail: juliosevero@hotmail.com


Julio Severo

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ABORTO

Os dois pontos cruciais.

A legislação sobre o assunto

O artigo 128 do Código Penal brasileiro (que é de 1940) permite o aborto quando há risco de morte para a mãe e quando a gravidez resulta de estupro. Porém, apenas sete hospitais no país faziam o aborto legal. Esse ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a obrigatoriedade de o SUS (Sistema Único de Saúde) realizar o aborto nos termos da lei. O projeto, porém, permite ao médico (não ao hospital) recusar-se a fazer o aborto, por razão de consciência - um reconhecimento de que o assunto é polêmico e que envolve mais que procedimentos médicos mecânicos. Por exemplo, o ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, disse ser contrário à lei e comparou aborto a um assassinato. Além disto, médicos podem ter uma resistência natural, pela própria formação deles (obrigação de lutar pela vida). "O juiz que autoriza o aborto é co-autor do crime. Isso fere o direito à vida", disse o desembargador José Geraldo Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo (22/09/97). Segundo ele, o artigo 128 do Código Penal não autoriza o aborto nesses casos, mas apenas não prevê pena para quem o pratica. No momento, existem projetos de ampliar a lei, garantindo o aborto também no caso de malformação do feto, com pouca possibilidade de vida após o parto.

O ensino bíblico

O assunto é particularmente agudo para os cristãos comprometidos com a Palavra de Deus. É verdade que não há um preceito legal na Bíblia proibindo diretamente o aborto, como "Não abortarás". Mas a razão é clara. Era tão inconcebível que uma mulher israelita desejasse um aborto que não havia necessidade de proibi-lo explicitamente na lei de Moisés. Crianças eram consideradas como um presente ou herança de Deus (Gn 33.5; Sl 113.9; 127.3). Era Deus quem abria a madre e permitia a gravidez (Gn 29.33; 30.22; 1 Sm. 1.19-20). Não ter filhos era considerado uma maldição, já que o nome de família do marido não poderia ser perpetuado (Dt 25.6; Rt 4.5). O aborto era algo tão contrário à mentalidade israelita que bastava um mandamento genérico, "Não matarás" (Êx 20.13). Mas os tempos mudaram. A sociedade ocidental moderna vê filhos como empecilho à concretização do sonho de realização pessoal do casal, da mulher em especial, de ter uma boa posição financeira, de aproveitar a vida, de ter lazer, e de trabalhar. A Igreja, entretanto, deve guiar-se pela Palavra de Deus, e não pela ética da sociedade onde está inserida.

A humanidade do feto

Há dois pontos cruciais em torno dos quais gira as questões éticas e morais relacionadas com o aborto provocado. O primeiro é quanto à humanidade do feto. Esse ponto tem a ver com a resposta à pergunta: quando é que, no processo de concepção, gestação e nascimento, o embrião se torna um ser humano, uma pessoa, adquirindo assim o direito à vida? Muitos que são a favor do aborto argumentam que o embrião (e depois o feto), só se torna um ser humano após determinado período de gestação, antes do qual abortar não seria assassinato. Por exemplo, o aborto é permitido na Inglaterra até 7 meses de gestação. Outros são mais radicais. Em 1973 a Suprema Corte dos Estados Unidos passou uma lei permitindo o aborto, argumentando que uma criança não nascida não é uma pessoa no sentido pleno do termo, e portanto, não tem direito constitucional à vida, liberdade e propriedades. Entretanto, muitos biólogos, geneticistas e médicos concordam que a vida biológica inicia-se desde a concepção. As Escrituras confirmam este conceito ensinando que Deus considera sagrada vida de crianças não nascidas. Veja, por exemplo, Êx 4.11; 21.21-25; Jó 10.8-12; Sl 139.13-16; Jr. 1.5; Mt 1.18; e Lc 1.39-44. Apesar de algumas dessas passagens terem pontos de difícil interpretação, não é difícil de ver que a Bíblia ensina que o corpo, a vida e as faculdades morais do homem se originam simultaneamente na concepção.

Os Pais da Igreja, que vieram logo após os apóstolos, reconheceram esta verdade, como aparece claramente nos escritos de Tertuliano, Jerônimo, Agostinho, Clemente de Alexandria e outros. No Império Romano pagão, o aborto era praticado livremente, mas os cristãos se posicionaram contra a prática. Em 314 o concílio de Ancira (moderna Ankara) decretou que deveriam ser excluídos da ceia do Senhor durante 10 anos todos os que procurassem provocar o aborto ou fizesse drogas para provocá-lo. Anteriormente, o sínodo de Elvira (305-306) havia excluído até a morte os que praticassem tais coisas. Assim, a evidência biológica e bíblica é que crianças não nascidas são seres humanos, são pessoas, e que matá-las é assassinato.

A santidade da vida

O segundo ponto tem a ver com a santidade da vida. Ainda que as crianças fossem reconhecidas como seres humanos, como pessoas, antes de nascer, ainda assim suas vidas estariam ameaçadas pelo aborto. Vivemos em uma sociedade que perdeu o conceito da santidade da vida. O conceito bíblico de que o homem é uma criatura especial, feito à imagem de Deus, diferente de todas as demais formas de vida, e que possui uma alma imortal, tem sido substituído pelo conceito humanista do evolucionismo, que vê o homem simplesmente como uma espécie a mais, o Homo sapiens, sem nada que realmente o faça distinto das demais espécies. A vida humana perdeu seu valor. O direito à continuar existindo não é mais determinado pelo alto valor que se dava ao homem por ser feito à imagem de Deus, mas por fatores financeiros, sociológicos e de conveniência pessoal, geralmente utilitaristas e egoístas. Em São Paulo, por exemplo, um médico declarou "Faço aborto com o mesmo respeito com que faço uma cesárea. É um procedimento tão ético como uma cauterização". E perguntado se faria aborto em sua filha, respondeu: "Faria, se ela considerasse a gravidez inoportuna por algum motivo. Eu mesmo já fiz sete abortos de namoradas minhas que não podiam sustentar a gravidez" (A Folha de São Paulo, 29 de agosto de 1997).

Conclusão

Esses pontos devem ser encarados por todos os cristãos. Evidentemente, existem situações complexas e difíceis, como no caso da gravidez de risco e do estupro. Meu ponto é que as soluções sempre devem ser a favor da vida. C. Everett Koop, ex-cirurgião geral dos Estados Unidos, escreveu: "Nos meus 36 anos de cirurgia pediátrica, nunca vi um caso em que o aborto fosse a única saída para que a mãe sobrevivesse". Sua prática nestes casos raros era provocar o nascimento prematuro da criança e dar todas as condições para sua sobrevivência. Ao mesmo tempo, é preciso que a Igreja se compadeça e auxilie os cristãos que se vêem diante deste terrível dilema. Condenação não irá substituir orientação, apoio e acompanhamento. A dor, a revolta e o sofrimento de quem foi estuprada não se resolverá matando o ser humano concebido em seu ventre. Por outro lado, a Igreja não pode simplesmente abandonar à sua sorte as estupradas grávidas que resolvem ter a criança. É preciso apoio, acompanhamento e orientação.

Autor(a): REV. AUGUSTUS NICODEMUS LOPES Doutor em Novo Testamento, é professor de Exegese do Sem. Presbit. José Manoel da Conceição, em São Paulo e Diretor do Centro Presbit. de Pós-Graduação Andrew Jumper, São Paulo. E-Mail: anlopes@mackenzie.br Fonte: http://www.bibliaworldnet.com.br/



COMO SAIR FORTALECIDO DA CRISE?

"E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa,..."

Em nenhum momento Jesus disse que pelo fato de estarmos edificando sobre fundamento sólido, com material de primeira e de acordo com o projeto original, não teríamos problemas. Ele disse que o vento iria soprar, a chuva iria cair torrencialmente e haveria combate contra a casa. Jesus não prometeu te livrar dos problemas, mas sim no problema. Deus não livrou Daniel da cova, mas o livrou na cova. Problemas existem, mas podem ser superados.

"Seu casamento é fortalecido à medida que os dois aprendem a transformar tragédias em triunfos e tornam-se vencedores em vez de vítimas". (Barbara Russel Chesser)

O que pode desencadear uma crise no relacionamento de casal? Uma gravidez não planejada, a morte de um filho, o desemprego do marido (desequilíbrio financeiro), impotência sexual ou frigidez da mulher, o nascimento do primeiro filho, a necessidade de acolher os pais em casa, doenças, um acidente que colocou um dos cônjuges em uma cadeira de rodas, um filho que assume um comportamento homossexual, um filho que se envolve em drogas, uma filha que engravida do namorado e o mesmo não assume a criança, uma mudança de casa e de cidade contra a vontade de um dos cônjuges, um filho com problema mental, a necessidade de acolher um irmão, etc.

1. Saiba que o casamento é o único "jogo" em que os dois podem "ganhar". Em artigo para a revista seleções o psiquiatra Pittman disse: "Não há como ganhar contra seu cônjuge. Ou vocês dois ganham ou os dois perdem".

2. Não use o cônjuge como bode expiatório. Enfatize os sentimentos positivos de um para com o outro e não dê muita atenção aos sentimentos negativos. Focalize as qualidades do companheiro (a).

3. Mantenha os canais de comunicação aberto. É nestes momentos de turbulência que o casal precisa conversar muito, dialogar e "discutir construtivamente".

4. Evite a todo custo que o "passado" seja o combustível que alimenta e torna a crise mais intensa e prolongada. Podemos até lembrar o passado para recapitular as lições aprendidas, mas é necessário tirar o foco do passado e colocá-lo no futuro. (Fl. 3:13)

5. Mantenha-se aberto para receber ajuda e aprender com outras pessoas. Sempre haverá pessoas com mais experiência que poderão ajudar, pode ser um membro da família, um irmão, um amigo ou alguém da liderança da igreja que trabalha na área de aconselhamento.

6. Lute contra a tempestade, motivado por aquilo que gera esperança. Os chineses talvez tenham sido os primeiros a reconhecer a natureza dupla da crise. Sua palavra para crise é escrita com dois caracteres, um que significa perigo e um que significa oportunidade. A crise é, de fato, mais do que apenas um problema - é um momento decisivo, uma catalisadora de forças para quebrar velhos padrões, evocar novas reações e determinar novas direções e novos inícios. Reflita nas palavras deste verso: "Dois espiam pela grade; Um vê a lama e o outro, estrelas de verdade" (Rm. 5:3-5).

7. Seja sensível para perceber a presença de Deus. Este é um recurso espiritual muito poderoso. Concordo quando alguém diz que, sua razão para esperança e sua fé em Deus, lhes dá um senso de propósito e força. A percepção da presença de Deus te faz mais paciente, perdoador, o leva a vencer mais depressa a raiva, a ser mais positivos e a apoiar mais um ao outro.

8. Lute consciente de que as promessas de Deus não morrem. Morrem os profetas, mas Deus é fiel no que prometeu. Quem tem promessas, tem razões para ter esperança. (Hb. 13:5; 6:18,19; Sl. 46:1; Sl. 23)

9. Faça uma leitura positiva da crise. Paulo nos ensina sobre isso em Rm 5:3-4 quando diz: a) nos gloriamos nas tribulações; b) a tribulação produz a paciência; c) paciência a experiência; d) experiência a esperança.

10. Faça da crise uma oportunidade para o Espírito Santo desenvolver em você o seu fruto (Gl. 5:22). A crise pode adubar o terreno do nosso coração para a produção do fruto do Espírito.

11. Administre o problema com inteligência emocional. Deixa a razão ir à frente da emoção. Nunca se esqueça que os mansos herdarão a terra. (Mt. 5:5)

12. Olhe para o casamento com suas dificuldades, como ferramenta de Deus para libertar você de você mesmo. Uma das maiores vitórias de Deus em nossas vidas é quando Deus nos liberta de nós mesmos. O maior problema do homem é o próprio homem.

13. É na crise que se mede a profundidade de caráter. Os problemas, as tensões, as crises, têm este papel, revelar quem verdadeiramente somos.

14. É na crise que mostramos ao diabo, que a gente serve a Deus pelo que Ele É e não por aquilo que Ele nos dá. (Ex. Jó) Ao perder tudo, Jó disse, receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. (Jó 2:10)

Ernest Hemingway escreveu: "A vida quebra a todos e depois muitos ficam mais fortes nos lugares quebrados". Enquanto muitos casamentos fracassaram depois de uma crise, os cônjuges que sobreviveram a catástrofes dizem frequentemente, ao olhar para trás: - Saímos mais fortes agora.


Pr Josue Gonçalves

QUANDO DEUS NÃO RESPONDE AS ORAÇÕES

O texto de Lucas 18.9-14 conta a parábola do fariseu e do publicano. Os dois foram ao mesmo templo, em uma mesma hora e com o mesmo propósito: orar. O resultado, porém, foi diferente. Deus ouviu a oração do publicano, mas não respondeu a oração do fariseu. Por quê?

1. Porque sua oração foi apenas um discurso retórico para exaltar suas próprias virtudes – vv. 11,12 Orar não é proferir fórmulas bonitas, bem formuladas, ainda que regadas de lágrimas. Orar não é se exaltar e proclamar suas próprias virtudes. O fariseu não orou, ele fez um discurso eloqüente para se autopromover. Ele não orou, ele tocou trombetas. Ele não orou, ele aplaudiu a si mesmo. Ele não orou, ele fez cócegas no seu próprio ego. Ele não orou, ele fez um solo do hino “Quão grande és tu” diante do espelho. Não existe nada mais abominável aos olhos de Deus do que o orgulho. Deus resiste aos soberbos. Lúcifer foi expulso do céu por causa do seu orgulho. A soberba precede à ruína. É impossível orar sem as vestes da humildade. Soberba e oração não podem habitar no mesmo coração ao mesmo tempo.

2. Porque sua oração não se dirigia precisamente a Deus – v.11 Sua oração era voltada para si mesmo. Era dirigida ao plenário que estava ali concentrado. Deus era apenas uma moldura para realçar os seus feitos notáveis e a perfeição de suas ações. Deus era apenas um trampolim para ele alcançar a notoriedade pública e a admiração do povo. Ele agradece a Deus não as suas dádivas, mas suas virtudes próprias. A oração do fariseu estava empapuçada de orgulho, recheada de vaidade, entupida de soberba. O fariseu estava tão cheio de si mesmo que ele não conseguia ver a Deus nem amar o próximo. A oração do fariseu não foi dirigida ao céu, mas às profundezas da sua própria vaidade. Ele não falou com o Deus supremo que está no trono do universo, mas dirigiu-se ao seu próprio eu, encastelado na torre da soberba mais tresloucada.

3. Porque sua oração estava fora do princípio de Deus
a. Pela sua posição – v. 11. Ele orou de pé, em lugar elevado, à vista de todos. Não é a posição física, mas é sua altivez diante de Deus e do próximo. Ele se colocou de pé para melhor sobressair a sua pessoa e os seus decantados méritos. Ele orou perto do altar, o lugar do sacerdote. Ele buscava as luzes do palco. Ele queria que os holofotes estivessem com o seu feixe de luz concentrado nele.
b. Pelas palavras – vv. 11,12. Engenhosamente, ele escolhe palavras que melhor enfoquem as suas virtudes e tornem mais abominável e desprezível a pessoa dos outros. Avulta o pronome eu em igualdade ao nome de Deus e superior aos demais homens. Ele se considera o melhor de todos os crentes e vê as demais pessoas como ladrões, injustos e adúlteros.
c. Pelas intenções – vv. 9,10. O fariseu procura o templo no momento em que há muita gente. Ele quer platéia. Quer destaque e evidência. Ele entrou no templo para orar e não orou. Ele se dirige a Deus como alguém auto-suficiente. Ele entrou no santuário sem amor no coração pelo próximo, por isso, sem amor a Deus.
d. Pelos sentimentos – v. 11. Sua oração é uma peça de acusação leviana contra todos os homens e mais particularmente contra o humilde publicano. Olha para o próximo com desdém e desfere contra ele perversas acusações e caluniosas referências. O fariseu nada pediu. Ele tinha tudo e era tudo. Ele pensava ser quem não era. Ele era um megalomaníaco, uma pessoa adoecida pelo sentimento de auto-exaltação.

4. Porque sua oração não se baseava na misericórdia de Deus, mas na confiança própria – v. 14 A base da sua oração não era a graça de Deus. Ele estava confiado não em Deus, mas em si mesmo. Ele ora não para se quebrantar, mas para exaltar-se. Podemos concluir que nenhum orgulhoso que menospreze seu semelhante pode prevalecer na oração. “O fariseu entrou no templo cheio de nada e saiu vazio de tudo”.
O texto bíblico conclui dizendo que o publicano e não o fariseu desceu para a sua casa justificado diante de Deus, porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar, será exaltado (Lc 18:14). Não há espaço para soberba diante de Deus, pois o Senhor declara guerra contra os soberbos. Ninguém pode orar verdadeiramente a não ser que tenha o coração quebrantado. Nenhuma oração prospera diante de Deus a não ser que o coração esteja vazio de vaidade e cheio de amor. Onde tem inveja, mágoa ou desprezo pelo próximo pode ter abundante religiosidade, mas não comunhão com Deus; pode ter pomposa encenação, mas não oração que chega aos céus.

Rev. Hernandes Dias Lopes

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