“Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com eles.” Isaías 65:23
Esta promessa de Isaías nos encanta e motiva a seguir em frente no investimento contínuo para que nossos filhos alcancem a estatura da maturidade em Cristo. Às vezes ficamos preocupados com os resultados. Na verdade, a preocupação não nos levará ao alvo proposto pela Palavra de Deus: Filhos semelhantes ao Filho de Deus, Jesus! Quase todos os pais cristãos desejam ver seus filhos trabalhando em algum ministério e, muitas vezes, isto se torna uma cobrança e um peso na relação pais e filhos. Sinceramente, tenho aprendido muito a controlar esta ansiedade. E Deus, através de sua Palavra, tem-me ensinado que, antes de levar meus filhos a ter um relacionamento com algum ministério, devo conduzi-los a um relacionamento pessoal e profundo com o Senhor Jesus.
Ministério sem relacionamento com Deus é pura religiosidade. Eu e você já vimos e ouvimos muitas histórias de filhos adolescentes, jovens, que eram tão dedicados à igreja e que, de repente, saíram e enveredaram por caminhos de dores. Outros se tornaram apáticos. Bem, porque isso acontece?
Longe de ter uma resposta pronta, porque isso seria leviandade, penso em algumas possibilidades. Uma delas é que foram habituados a estar na igreja e fazer alguma coisa. Assim como se adquirem hábitos em casa, na família. Aquilo ficou comum. Perdeu a graça! Tornou-se enfadonho. Isso é o que acontece, quando se faz algo para uma instituição.
Fez-se para a igreja e não para o Senhor da igreja: Jesus! Por isso o apóstolo Paulo ensinou os Colossenses a fazerem tudo para Deus e não para “homens” (Colossenses 3:23). Outra possibilidade é que os pais estejam tão envolvidos no ministério, que isso possa se tornar um desserviço aos filhos. Ou seja, servem tanto os outros e nada em casa. Logo, alguns filhos possam se tornar refratários ao ministério por não quererem repetir este modelo disfuncional dos pais.
Outros ainda, por causa das maledicências e murmurações que os pais fazem dentro de casa (e na presença dos filhos) em relação à igreja e as pessoas.
Se os pais, que estão tão envolvidos com o ministério reclamam tanto dele, por que os filhos se sentiriam motivados a entrarem nisso? Cuidemos para que não trabalhemos em vão! Todo trabalho no Senhor tem uma recompensa. No mesmo capítulo de Isaías citado acima, no versículo 18, Deus fala com seu povo dizendo: “mas vós folgareis e exultareis no que eu crio..” . Só é duradouro aquilo que Deus cria. Faça algo que venha de Deus e para Deus e este algo vai durar para sempre! Tudo que tem a mão de Deus tem um toque de eternidade! O resultado de ensinarmos nossos filhos a buscarem um relacionamento íntimo e profundo com Deus é que eles nunca vão se decepcionar com Ele!
Quando as injustiças vierem. Quando o desprezo acontecer. Quando a indiferença for a paga pelo trabalho, eles permanecerão firmes, porque sabem a quem estão servindo: ao Senhor perante os homens e não aos homens perante o Senhor! O melhor exemplo na Bíblia é o de Samuel. No capítulo 3, verso 1 do primeiro livro de Samuel, a Bíblia declara: “O jovem Samuel, servia ao Senhor, perante Eli.” Ao Senhor perante Eli! Já na casa de Eli, o sacerdote, seus próprios filhos serviam ao próprio ventre e não ao Senhor, tornando-se execráveis (1 Sm 3:13). Querido papai e mamãe, a vontade de
Deus para nós e nossos filhos é de que andemos com Deus e possamos dar muitos frutos para glória d´Ele! Se assim fizermos, o resultado será a promessa de Isaías 65:20 que diz: “Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus..”
Se vivermos para o Senhor e ensinarmos os nossos filhos a fazerem o mesmo, todo trabalho que for feito no ministério terá o seu crescimento. E juntos, como família, celebraremos a colheita com grande alegria!
Pr. Paulo Falçarella