"...Compeliu Jesus os discípulos a embarcar...entretanto,
o barco já estava longe, muitos estádios da terra, açoitado
pelas ondas, porque o vento era contrário... Mas Jesus imediatamente
lhes disse: Tende bom ânimo.Sou Eu. Não temais".
( Evangelho de Mateus 14. 22a,24a,27)
A vida cristã é uma experiência de provação constante. A verdadeira pregação do Evangelho pode garantir vida eterna, mas jamais poderá garantir que não haverá tempestades enquanto estivermos nesse mundo. A referência acima retrata um momento muito difícil - uma tempestade - vivido pelos discípulos do Senhor, homens do mar, enquanto Ele se ausentara para orar, e eles se encontravam remando em águas conhecidas...
Provavelmente esta seja a nossa realidade nesse momento. E mesmo tentando seguir Jesus, nos encontramos em meio a uma insustentável tempestade, diante de um dilema: parar ou continuar remando, obedecendo... "Ah, finalmente, Senhor, quando isso vai terminar, aonde este barco vai nos levar?". É certo que obediência gera bênção, mas foi Jesus Quem mandou entrarem no barco. É fácil entender quando sofremos por ter feito algo errado. Mas, quando acontece o contrário... é muito difícil aceitar com mansidão.
A verdade é que quem faz o que é certo também sofre. E quando a tempestade chega e alcança o mar da nossa vida, muitas vezes buscamos o Senhor Jesus, mas só encontramos escuridão... O que quer nos ensinar Jesus quando demora tanto a responder? "As lágrimas podem durar a noite inteira, mas a alegria vem na aurora" (Salmos 30.5). Literalmente, foi esta a lição que os discípulos aprenderam no meio daquele mar revolto. Ah, o Senhor nunca se atrasa; Seu livramento chega, muitas vezes no limite... mas chega!
"Ah, Jesus, tem nos faltado tantas coisas! Muitos não têm nem emprego, o divórcio bate à porta, temos perdido nossos filhos e todo o possível já foi feito... não há mais jeito... temos buscado enxergar o Senhor em meio as tempestades pessoais, mas, estamos muito cansados"...
"Não fará Deus justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?" (Lucas, 18.7).
O que fazer enquanto a tempestade não passa? Remar e obedecer; obedecer e remar! Muito embora nos pareça desafiador demais, precisamos entender que mesmo quando não O ouvimos, Ele está falando. Urge entedermos que os nossos desastres e tempestades não pegam o nosso Mestre de surpresa, e que todos os nossos dias já estão escritos... É nisso que reside a nossa esperança: em saber que o D-us da história também é o D-us da tempestade... é Ele Quem faz a pior tempestade não durar para sempre...
Creia nisso!
Reverendo Ricardo Vasconcelos
IPU da Penha, RJ