Quem tem mais de 20 anos, aprendeu nos bancos de escolas, que Plutão era um dos planetas do sistema solar. Pois bem, se você aprendeu assim, pode “desaprender”. O planeta Plutão foi descoberto em 1930, pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh e ficou conhecido como o menor, mais frio e distante planeta do Sol.
Por causa de uma reclassificação da União Astronômica Internacional (UAI), no dia 24 de Agosto de 2006, este planeta perdeu seu status anterior, e se tornou um “planeta-anão”. De acordo com as novas regras, um planeta deve satisfazer três critérios: deve orbitar o sol, deve ser grande o suficiente para a gravidade moldá-lo dentro da forma de uma bola e sua vizinhança orbital deve estar livre de outros objetos. Plutão não atende a estes requisitos.
Na verdade, Plutão não deixou de ser o que sempre foi, ele apenas recebeu da parte dos pesquisadores, outra nomenclatura. Ele continua sendo o que era, mas deixou de ser aquilo que diziam dele. Esta constatação científica não mudou sua essência, mas alterou sua definição, aquilo que falavam dele.
Creio que isto se parece com a humanidade. Não somos aquilo que falam de nós, mas aquilo que somos de fato. Alguém afirmou que reputação é o que dizem a nosso respeito; caráter é aquilo que de fato somos. A melhor maneira de saber a verdadeira natureza de homem é quando a luz se apaga, e ninguém o observa. Caráter é o que somos na vida privada, sem holofotes.
Nesta semana li um artigo que dizia: “Ultimamente estou igual plutão, frio, distante e solitário.” Certamente o autor não elaborou uma boa definição acerca de si mesmo, mas esta auto percepção pode refletir o estado de alma ou um momento de vida. Certa pessoa com o estado de humor alterado, afirmou que estava ficando velho e se tornando cínico, cético e grosso.
Envelhecer ranzinza conduz inexoravelmente para a síndrome de plutão. É fácil se isolar, se tornar insensível, sentir-se alijado e discriminado, não ter amigos, enfrentar o frio na alma e a solidão de espírito. Mas viver assim é uma decisão, ou, quem sabe, a decisão de não decidir por uma vida de doação, aproximação, calor e amizade. Afinal, nossa decisão determina o estilo de vida que teremos, e o que somos e fazemos. Talvez seja melhor afirmar como o poeta: “Medo, eu não te escuto mais, aonde tenha sol, é prá lá que eu vou!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça comentários produtivos no amor de Cristo com a finalidade de trazer o debate para achar a verdade. Evite palavras de baixo calão, fora do assunto ou meras propagandas de outros blogs ou sites.