Lição 7 - O Divórcio - I - O Divórcio e Suas Consequências

“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9). O divórcio é permitido por Cristo como uma exceção, ante à prática da infidelidade, que quebra a aliança matrimonial. O tema do divórcio talvez seja um dos mais discutidos e pouco resolvidos no meio das igrejas evangélicas. De um lado, há os que não o aceitam em qualquer hipótese, entendendo a indissolubilidade do casamento de modo radical.
Por outro lado, há os que o aceitam, sob determinadas circunstâncias, buscando base para tal entendimento na Bíblia Sagrada, como regra de fé e prática. E há os que são liberais, admitindo o divórcio em qualquer situação.

I - O QUE É O DIVÓRCIO

O divórcio é o rompimento da aliança, celebrada diante de Deus, perante um ministro, ou autoridade eclesiástica ou diante da sociedade, representada pela autoridade civil, encarregada de oficiar o casamento. Na prática, é a expressão marcante da falta de amor, de entendimento, de união e de fidelidade conjugal. Todo divórcio deixa marcas profundas nos que são alcançados por essa medida de caráter radical. Os que mais sofrem são os filhos, que não entendem porque seus pais não conseguem viver juntos, em amor, cuidando da missão de zelar pelo lar e pela família.

II -O  QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DIVÓRCIO

1. O divórcio no Antigo Testamento
No contexto histórico e cultural do Antigo Testamento, a sociedade era patriarcal por excelência. O homem tinha a hegemonia em tudo, desde o governo, a liderança, e a preeminência absoluta, no lar, no casamento, e nas decisões mais importantes da vida social. Dessa forma, o divórcio era um direito e um privilégio do homem. A mulher repudiada pelo homem não era bem vista pela comunidade. Mas tinha o direito de obter um documento oficial, chamado de “Carta de Divórcio”, ou de repúdio, que lhe dava a faculdade de contrair novas núpcias. Assim, resumimos a seguir a questão do divórcio no Antigo Testamento. Jesus aboliu esse privilégio, pois, em sua lei, não pode haver acepção de pessoas (Rm 2.11; Tg 2.1).

a) O divórcio por qualquer motivo. No Pentateuco, encontramos as informações mais claras sobre a questão do divórcio. No livro de Deuteronômio, lemos que: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia , ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa” (Dt 24.1 — grifo nosso). O texto nos demonstra que o homem tinha o direito de repudiar sua mulher por motivos bem subjetivos. Sem explicação clara, o homem, depois de casado, podia “não achar graça” na mulher. E ver nela “coisa feia ”.

Que “coisa feia” seria essa? O texto bíblico não esclarece. Mas a resposta está no Talmude (coletânea de interpretações da lei pelos rabinos), que explica que “coisa feia” era o homem ver qualquer coisa, na mulher, que não lhe agradava. Por exemplo: se elas queimavam o pão, ou não temperavam a comida adequadamente, ou se não gostavam de suas maneiras, ou se não era boa dona de casa; se ela estragava um prato ao prepará-lo; e até se encontrasse outra mais bela que ela (Josefo, citado por Duty, p. 20). Ou, ainda, se usasse cabelos soltos, se andasse pelas ruas sem motivo, se falasse com homens que não fossem seus familiares, se maltratasse os pais do esposo, se gritasse com os maridos de maneira que os ouvintes o ouvissem, etc. (Da Silva, p. 28).

b) A carta de divórcio. Era um documento legal, fornecido à mulher repudiada, a qual ficava livre para casar de novo. Chamava-se de “carta de liberdade” — “documento de emancipação” — que lhe dava direito a novo casamento (Duty, p. 29,30).

A carta de divórcio ou de repúdio deveria ser dada em presença de duas testemunhas, e as partes estariam livres para um novo matrimônio. Aliás, o divórcio só tinha sentido se houvesse em vista um novo casamento. Se assim não fosse, por que motivo a mulher receberia carta de divórcio? Seria simplesmente abandonada. Note-se, também, que a mulher não tinha direito de pedir divórcio. Era privilégio do homem. Este poderia escolher com quem viver, inclusive possuindo mais de uma mulher, além de ter concubinas a seu dispor.

2. O divórcio no período interbíblico 
Entre os judeus, havia duas escolas importantes, que ditavam as normas de comportamento para a sociedade. Essas normas existiam no tempo de Jesus.

a) A escola d e Shammai. Este rabino tinha uma interpretação radical de Deuteronômio 24.1. Segundo seu entendimento, a carta de divórcio só podia ser dada à mulher em caso de fornicação ou de infidelidade conjugal. De certa forma, era uma evolução do pensamento judaico, pois uma leitura cuidadosa de Deuteronômio 24.1 dá a entender que a mulher só podia ser despedida se o homem achasse nela “coisa feia”, ou “coisa indecente”, sem que isso fosse a prática de infidelidade ou prostituição, visto que às mulheres infiéis só restava a pena de morte (cf. Lv 20.10; Dt 22.20-22). Mas a visão de Shammai era bem aceita por grande parte dos intérpretes da Lei. Veremos que Jesus corroborou esse pensamento, quando doutrinou sobre o assunto.

b) A escola d e Hillel. Este era um rabino de visão liberal, e favorecia a posição do homem em relação à mulher. Para ele, o homem poderia deixar sua mulher, divorciando-se dela, “por qualquer motivo”, por qualquer “coisa feia”, ou “coisa indecente”. Tais coisas seriam as que já enumeramos antes: andar de cabelos soltos, falar com homens que não fossem seus parentes, maltratar os sogros, falar muito alto etc. Assim, o homem podia divorciar-se a seu bel-prazer.

Com isso, o divórcio, ao invés de proteger a mulher, dando-lhe direito a uma nova oportunidade de constituir um lar, fez dela uma vítima em potencial dos caprichos machistas da época. Segundo o Dr. Alfred Edersheim, citado por Da Silva (p. 30), a mulher podia, “como exceção, divorciar-se, no caso de ser o marido leproso ou trabalhar em serviço sujo, por exemplo, em curtume ou em caldeira, e também no caso de apostasia religiosa, caso abraçasse uma religião herética”. Esse último conceito não tem base veterotestamentária. Era uma evolução da lei judaica.1

O divórcio não faz parte dos planos de Deus. Assim como a poligamia, no Antigo Testamento, que Ele permitiu ou melhor, tolerou. Há casos em que é impossível manter um relacionamento conjugal. Se o esposo espanca a esposa; se ele vive traindo sua mulher; se ela vive na prática de adultério; se um ou outro entra pelo caminho do homossexualismo; tais práticas são tão abomináveis, que desfazem o vínculo conjugal, e, na permissibilidade de Cristo, Ele admite o divórcio. Não como regra, mas como exceção, como um “remédio amargo” para um mal maior. Se não fosse assim, um servo ou uma serva de Deus seriam atingidos duas vezes: uma pelo Diabo, que destrói relacionamentos; e, outra, pela igreja local, que condenaria uma vítima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo do celibato, que não faz parte dos planos de Deus. Disse o Senhor, o Criador: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Mas graças a Deus que não é assim.

O evangelho de Cristo é sábio, justo e bom. Jesus não incentiva nem aprova o divórcio, mas o permite como um meio de reparar um dano moral de consequências drásticas, como um direito ao cônjuge que permanece fiel a Deus e ao casamento. Viver solteiro pode ser opção, mas não um estado que foi planejado por Deus. No final do texto em que Jesus responde aos fariseus, seus discípulos ficaram estarrecidos. “Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar” (Mt 19.10). Ficaram chocados com o ensino de Jesus, que só admite divórcio e novo casamento, no caso de infidelidade. Eles que viviam numa sociedade patriarcal e machista, estavam acostumados a ver o divórcio “por qualquer motivo”.

3. O divórcio na visão paulina
O apóstolo Paulo enfrentou alguns dos maiores questionamentos que perturbaram a igreja cristã nos seus primórdios. Um deles, sem sombra de dúvidas, foi a questão do divórcio. E ele soube posicionar-se com elevado discernimento espiritual, sob a direção divina. Interpretando a doutrina de Cristo sobre o divórcio, o apóstolo dos gentios apresentou sérias argumentações doutrinárias a respeito do assunto.2

a) Aos casais crentes — “aos casados” (1 Co 7.10). Esta passagem refere-se aos “casais crentes”, os quais não devem divorciar-se. Essa é a “regra geral”. Se não houver algum dos motivos permissivos (Mt 19.9 e 1 Co 7.15), não há qualquer justificativa para o casal crente se divorciar. Sabemos que há cristãos que são, na prática, “discípulos” de Hillel, que querem o divórcio “por qualquer motivo”. Se há desentendimentos, incompatibilidade de gênio, ou se a esposa ficou feia (ou o marido), o caminho não é o divórcio, mas a reconciliação com o perdão sincero, ou o celibato, caso sejam esgotados todos os recursos para a vida em comum. Não vemos, na Bíblia, qualquer razão que justifique o divórcio para os casais cristãos, quando não há as exceções previstas na Palavra de Deus.3

b) Aos casais mistos — “aos outros” (1 Co 7.12,13). “Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe”. Valorizando a família, a Palavra de Deus reconhece a união de um cônjuge que aceita a Cristo, e a esposa (ou o esposo) continua na incredulidade, ou de um fiel, cujo cônjuge se desvia. Entretanto, no caso de o cônjuge descrente (ou desviado) quiser abandonar o crente fiel, pedindo divórcio, não pode ficar “sujeito à servidão”, ou seja, sob o jugo de um casamento insuportável. Há casos em que o descrente é prostituído, com risco de levar doenças para a esposa; ou é beberrão contumaz, ou que espanca a esposa, proibindo-a de ser crente, etc. O crente não deve tomar a iniciativa do divórcio. Deve deixar que o descrente o faça: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se;porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz” (v. 15).

Entendimento semelhante tem Da Silva,4 considerando este último caso a “exceção paulina”, segundo a qual “numa situação dessa nem o irmão nem a irmã está sujeito à servidão. Houve a dissolução do vínculo matrimonial. O cônjuge crente, portanto, está livre para se casar com quem quiser, desde que ‘seja no Senhor” (cf. 1 Co 7.39).

Em nenhum momento, neste capítulo, desejamos incentivar o divórcio. O casamento deve ser realizado dentro de uma perspectiva para toda a vida, até que a morte separe o casal. Entretanto, a vida conjugal é complexa, e podem surgir casos em que a convivência torna-se insuportável. As exceções, na Bíblia, são prova do amor de Deus para com os que permanecem fiéis aos seus princípios para o casamento, não os condenando a uma vida inteira sob o jugo de uma penosa servidão a um infiel, desviado ou incrédulo.

III - CAUSAS DO DIVÓRCIO

As causas do divórcio são semelhantes às do adultério. Há aspectos específicos a serem considerados, mas, quando um casal não consegue mais viver a aliança conjugal, certamente, é porque um ou os dois deixam de cumprir as orientações da Palavra de Deus para o matrimônio.

1. De ordem espiritual
a) Falta do amor de Deus. A Bíblia, a Palavra de Deus, é o manual do casamento feliz. O apóstolo Paulo, inspirado por Deus, exortou os casais sobre como viver bem, no matrimônio, cumprindo a vontade daquEle que criou o casamento, na origem de todas as coisas. Um casamento, na visão de Deus, só pode tornar-se duradouro, se o casal observar os princípios do seu manual, que é a Bíblia. Em primeiro lugar, deve existir, nos corações, o amor de Deus. Este amor deve estar arraigado em nossos corações (Rm 5.5b). Quando a pessoa ama a Deus, o respeita e o obedece (SI 128.1), tem prazer na lei do Senhor (SI 1). O amor de Deus, preenchendo o coração dos cônjuges é fundamental para que a aliança do matrimônio seja forte e duradoura. Sem esse amor, dominando a vida a dois, é impossível ter um casamento feliz. O Diabo encontra brechas para semear a falta de interesse de um pelo outro, de insatisfação, e de infidelidade, que pode levar ao divórcio.

b) Falta de relacionamento do casal com Deus. Como foi dito sobre a infidelidade, quando o esposo e a esposa cultivam o relacionamento com Deus em seu lar, dando tempo para atividades simples, no aspecto espiritual, a tendência é que o casamento seja fortalecido e sua família edificada. E no lar que deve ter início o culto a Deus. Quando o casal cultiva o relacionamento espiritual com Deus, no seio da família, está edificando sua casa sobre a Rocha (Mt 7.24,25). Sem um relacionamento constante com Deus, o Adversário encontra oportunidade para lançar as sementes dos dissabores e levar ao divórcio.

2. De ordem comportamental
a) Falta de comunicação entre marido e mulher. Uma das causas da insatisfação no relacionamento entre os esposos, é a falta de comunicação. Vivemos num mundo em que as informações e as imagens estão à disposição de todos como nunca. A comunicação significativa é indispensável para que um casal viva feliz. Essa comunicação pode ser através de palavras, de gestos e toques significativos. Um esposo disse, num seminário para casais, que fazia mais de dez anos que não beijava sua esposa. É uma falha tremenda. Abraçar, beijar, tocar com carinho no outro é uma forma de comunicação agradável, além da conversa e do diálogo que constroem laços fortalecidos na união conjugal. A falta dessa comunicação pode contribuir para o divórcio. Fora do lar, há espaço para comunicações, muitas vezes ilícitas, sedutoras e destruidoras do casamento.

b) Falta de tempo para o cônjuge. A vida moderna exige o afastamento do casal por um longo período de tempo, durante o dia, para as atividades profissionais, que cada um escolhe, sejam por opção, ou por necessidade. E a desculpa para a falta de tempo é muito comum. Mas quando um não tem tempo para o outro, as forças do mal convencem que há tempo para relacionamentos estranhos, que podem começar com um olhar, uma conversa, um encontro, e por fim o adultério. Essa trama já é conhecida. O final não é feliz, pois resulta na destruição do casamento, através do divórcio. Dizer que não há tempo de um cônjuge para o outro é desculpa esfarrapada. Quando um cônjuge dá mais tempo para o trabalho, para a igreja, para os amigos ou atividades pessoais, esquecendo o outro, abre brechas para o desencanto no relacionamento, e indução maligna para a separação.

c) Tratamento grosseiro. O casal deve exercitar o tratamento cortês e respeitoso. Quanto existe tratamento grosseiro, com agressões verbais, vez por outra ou constantemente, o relacionamento torna-se desagradável e até insuportável, abrindo espaço para os pensamentos de separação. O mandamento bíblico de amar a esposa como Cristo ama a Igreja deve ser respeitado às últimas consequências. Amar sempre. Agredir nunca.

d) Insatisfação afetiva e sexual. O sexo não depende do afeto. Pode ser realizado por puro instinto biológico. Mas o afeto e o carinho são fatores que tornam a união entre o casal e a relação sexual plenamente satisfatória. E demonstração de amor entre o casal. A Bíblia exorta a que os casais tenham satisfação nessa parte (1 Co 7.3-7).

A linguagem, no texto, pode ser atualizada de forma mais clara: o marido deve procurar satisfazer à sua esposa na sua necessidade sexual, e a mulher deve fazer o mesmo em relação ao esposo. E mostra que é um dever conjugal, sob pena de um defraudar o outro nessa parte, levando-os ao risco de serem tentados pelo Diabo. Quando existe essa falta de atenção, a insatisfação pode ser usada como motivo para a separação.

IV - CONSEQUÊNCIAS DO DIVÓRCIO

1. Inconveniências sociais
Há sérios inconvenientes, resultantes do divórcio, tanto para os cônjuges separados, e mais ainda para seus filhos. Mas a igreja local deve ser uma comunidade terapêutica e deve tratar cada caso com a graça e a sabedoria dada pelo autor do casamento. Há inconveniências sociais, no âmbito da igreja local já que um divorciado não deve frequentar a mesma congregação do outro cônjuge, para evitar constrangimentos.

Se o divorciado é obreiro, a situação é mais difícil. Se ele for o causador do problema, deve ser tratado com mais rigor que um membro da igreja; se ele for a vítima da infidelidade, precisa ser apoiado em termos espirituais, emocionais e também ministeriais. Não é justo que perca o seu ministério pelo fato de ser vítima de uma tragédia em seu casamento.

Se o divórcio ocorreu antes de o cônjuge ser crente, não se pode tratar da mesma maneira que um divórcio ocorrido no tempo de conversão. São vários casos a serem considerados. Mas não se justifica um legalismo cruel que trata a todos da mesma forma, vítima e causador do problema. Deus é sábio, longânimo e grande em misericórdia. Ele condena o pecado, mas permite ou tolera situações que visam salvar o ser humano em sua condição instável, enquanto viver na terra.

2. O assassinato do amor
Quando um casal chega ao ponto de concluir que a separação é a única saída, é porque o amor foi destruído e enterrado na vala do egoísmo, do individualismo e da prática do que não agrada a Deus. Está sendo comum, em muitas ocasiões, uma esposa cristã dizer para o esposo que não sente mais nada por ele, e que a solução é o divórcio. Muitos cristãos, que optam pelo divórcio, muitas vezes já estão envolvidos, primeiro, emocionalmente, e, depois, fisicamente com pessoas estranhas. Imaginam que, adulterando, serão mais felizes. É impossível ser feliz sem a presença de Deus. Pode haver uma ilusão de felicidade mas a realidade é outra. O que adultera deve ter consciência de que o envolvimento com a adúltera tem triste fim (Pv 5.4,5).

3. A frustração dos filhos
Quando o casal tem filhos e são muito pequenos, estes não percebem tanto o drama da separação dos pais. Porém, quando já entendem o bem e o mal, percebem que seus pais não estão bem no relacionamento conjugal. E começam a indagar, em sua mente em formação, o que estará acontecendo. Não demora muito, e a realidade começa a se delinear diante deles e ficam chocados com a situação dos pais. Estes procuram conscientizar as crianças ou adolescentes, de que é melhor o pai e a mãe se separarem. No coração dos filhos, essa é a pior decisão de suas vidas. Eles veem nos pais o exemplo de fé, de união e de amor.

E quando veem o pai ou a mãe, saindo pela porta da frente, e se mudando para outro domicílio, ou a “casa dos pais”, reagem de diversas maneiras. Uns entram em depressão; outros são consumidos pela revolta, às vezes contra Deus, por permitir que tal desgraça aconteça em sua família. Outros procuram fugas psicológicas, para esquecer a separação dos pais. Não são poucos os que, vendo que os pais se separam, enveredam pela vida do vício, da delinquência, da prostituição e até do homossexualismo, como forma de afrontar os progenitores.

V - COMO EVITAR O DIVÓRCIO

1. Na área espiritual
O casamento, assim como a família, é uma instituição muito atacada pelo Maligno. O Diabo não quer ver nenhum casal unido e feliz. Promove os vendavais de insatisfação, de desentendimento, de tristeza e de falta de amor. Se a casa não estiver edificada sobre a Rocha, que é Jesus, não pode resistir às intempéries da vida, às forças do mal que combatem contra o lar. Desse modo, torna-se indispensável agir no lado espiritual.

As causas prováveis para o divórcio podem ser evitadas com a ação espiritual em favor do casamento. A boa união entre o casal só se firma se os dois unirem-se diante de Deus em contínua oração. O Inimigo “adora” quando vê o marido assistindo à TV, horas a fio, ou gasta muito tempo na internet, e não se interessa pela oração; e também, quando a esposa prefere ocupar o tempo vendo novelas, filmes e outros programas que não edificam a vida espiritual.

Porém, quando os dois, marido e mulher, fazem o propósito e o cumprem, de orar todos os dias por si, por seus filhos e por seu casamento, as brechas são fechadas, de modo que o Adversário não pode ter êxito em seu intentos destruidores do casamento.

2. Na área humana
O lado espiritual do casamento só se fortalece, se, no lado humano, houver interesse e dedicação de um cônjuge pelo outro. O amor é fundamental. Sua demonstração é indispensável, com palavras e gestos. O respeito mútuo e o companheirismo sincero fortalecem os laços do casamento. “E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Ec 4.12). Quando um cônjuge é firme em sua fé e no amor fiel, quando o Diabo vem contra ele, o outro, amante e amigo, se une para, juntos defenderem seu casamento. O cordão de três dobras pode muito bem representar o casal (os dois) e a família, em união diante de Deus. Essa união não se quebra, a não ser quando a morte os separar.

1 Elinaldo Renovato de Lima. Etica cristã, p. 110.
2 Elinaldo Renovato de Lima. Ética cristã, p. 85.
3 Ibid.,p. 117.
4 Esequias Soares, p. 48,49.


FONTE
Formar uma família e mantê-la com princípios e valores cristãos é um desafio na pós- modernidade. Para obter sucesso, não só é preciso conhecer o que a Bíblia diz, mas como também colocar seus ensinamentos em prática. Desse modo, as contaminações do mundo sobre a família cristã podem ser identificadas e refutadas. Proteja sua família! 

Livro de apoio a lição bíblica do 2º trimestre de 2013.


AUTOR: Elinaldo Renovato de Lima

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