Lição 6 - A Infidelidade Conjugal - Os Perigos do Adultério

“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.10). A prática do adultério tem aumentado no meio evangélico. E sinal do esfriamento do amor e do aumento da iniquidade. Como vemos no texto bíblico acima, os adúlteros estão na lista dos tipos de pecadores que não entrarão no Reino de Deus. O adultério é pecado gravíssimo aos olhos de Deus, o Criador do casamento, do lar e da família.
A sociedade sem Deus, relativista e hedonista, não o vê como algo pecaminoso, e sim, como tendência natural do ser humano, que, segundo interpretação da teoria da evolução, o homem é polígamo por natureza, seguindo o exemplo de certos animais. No entanto, a visão cristã passa pelas lentes fortes e cristalinas da Palavra de Deus, que considera a infidelidade conjugal como vergonhosa traição aos princípios sagrados, estabelecidos por Deus para o casamento.

Quando havia a poligamia, tolerada por Deus, no Antigo Testamento, só ocorria o adultério quando um homem ou uma mulher ultrapassavam todos os limites da liberdade concedida pela lei e pelos costumes daquela época. Era permitido ao homem ter mais de uma esposa, e era aceitável que, além de suas mulheres, tivesse concubinas, ao seu redor, para lhes atender às suas alegadas necessidades sexuais. Mas tal

permissibilidade contrariava o plano original do Criador: a união conjugal entre um homem e uma mulher (como já foi visto em reflexão anterior). Assim, só adulterava, no Antigo Testamento quem perdia todo o senso de ética, de domínio próprio, e de santidade.

No Novo Testamento, percebe-se que Deus mudou o seu tratamento para com a questão da fidelidade conjugal. Nos Evangelhos, não há uma só referência à poligamia, à bigamia, ou a qualquer outro tipo de arranjo para o casamento, com aprovação do Senhor Jesus Cristo. Quando ele responde aos fariseus, acerca do divórcio (Mt 19.1-12), o Mestre vai buscar, na origem de tudo, a base para a união conjugal, reafirmando o plano original do Criador (Gn 2.24). Uma só carne não é uma união emocional, espiritual, em que com as orações um santifica o outro. É a relação sexual entre o esposo e a esposa. Deus vê, no ato conjugal, uma união tão completa, que a define como sendo “uma só carne”. Através desta é que o cônjuge crente santifica o outro, mesmo que este não seja um cristão (1 Co 7.14). O texto refere-se à santificação do corpo apenas.

Em sua doutrina sobre o divórcio, no mesmo texto, Ele mostra a monogamia, a união heterossexual, e o valor da fidelidade conjugal: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9 — grifo nosso). A expressão sublinhada “sua mulher” e casar “com outra” é a reafirmação de Cristo quanto ao casamento monogâmico. Ele não diz “suas mulheres”, ou casar com “outras mulheres”, o que reforça a visão sobre a união conjugal Mesmo havendo o divórcio, Ele confirma que aquele que “casar com outra” comete adultério, se não for por infidelidade.

Esse texto mostra, de igual modo, o efeito espiritual, moral, ético e social do adultério. E uma quebra tão terrível da aliança do casamento, que destrói os laços espirituais e morais do matrimônio. Quando há infidelidade, quando há adultério, se não houver o perdão, se não houver o arrependimento sincero do cônjuge infiel, se não houver condição emocional para a convivência, o casamento acaba; a aliança é rompida. Só um milagre no coração do cônjuge traído pode fazer com que aceite a restauração dos laços emocionais e espirituais, estraçalhados por um ato (ou muitos) de infidelidade por parte do seu cônjuge.

I - CAUSAS DO ADULTÉRIO

A palavra adultério vem do latim, adulterium, que tem o sentido de “dormir na cama alheia”. E a relação sexual entre pessoa casada, com outra que não é o seu cônjuge. A sociedade sem Deus admite uma “união estável”, sem o respaldo espiritual e formal de duas pessoas, inclusive de caráter homossexual. Muitos veem o casamento apenas como um contrato com prazo de validade. Visão curta e secularista.

Mas, quando uma pessoa se casa, principalmente, se é cristã, o faz na igreja, perante o ministro oficiante, e declara, perante Deus, perante a igreja, perante as testemunhas, que representam a comunidade, faz votos de fidelidade, assumindo o compromisso de ser fiel até que a morte os separe. Quando há infidelidade, há uma quebra da aliança matrimonial, com flagrante desrespeito à autoridade de Deus, e a seu plano para a formação do lar e da família. Que Deus abençoe os lares cristãos, e os casais, unidos, em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, respeitem a aliança firmada diante de Deus. Se não casa na igreja local, ainda assim, perante Deus, há uma aliança a ser respeitada, sob pena da reprovação divina.

1. DE ORDEM ESPIRITUAL

a) Quebra do mandamento divino. A infidelidade não acontece por acaso. Ê um processo, que pode começar com pequenas coisas, que vão de encontro aos princípios espirituais para o matrimônio. E pode começar antes do casamento. Se um casal de jovens desobedece à Palavra de Deus, no namoro ou no noivado, está lançando as sementes daninhas que gerarão um casamento infeliz. Durante o casamento, se o casal não valoriza os princípios de Deus para a família, e desobedece a sua doutrina, está edificando sua casa sobre a areia (Mt 7.26).

Viver a vida a dois, com amor, dedicação um ao outro, com fidelidade, parece que não é estimulante. Mas trair, prevaricar, ter novas experiências amorosas, isso agrada à carne. E terrível saber que a influência de novelas e seriados tem tanto poder sobre a mente das pessoas, até mesmo de evangélicos. São inúmeros os casos em que essa influência diabólica tem sido fator que contribui para a infidelidade. Isso se deve à banalização da infidelidade, na mídia.

A condenação de Deus ao adultério foi expressa, solenemente, pelo Senhor, quando Ele chama a atenção dos sacerdotes para a calamitosa situação espiritual deles próprios e da nação de Judá (Ml 2.13-15).

Numa cerimônia de casamento, em muitas igrejas, há exemplos de quanto os noivos se preocupam com o cerimonial, com a ornamentação do templo, com a quantidade de testemunhas de cada lado, do noivo e da noiva. Mas não são raros os casos em que tais casamentos, com tanta pompa, acabam em divórcio. Não será porque se esqueceram de que Deus foi testemunha de seu compromisso? E depois esse compromisso foi quebrado, de forma decepcionante, pelo adultério? È indispensável que os casais cristãos preparem-se melhor para o casamento, dando mais valor ao lado espiritual de sua união, diante de Deus, do que ao luxo e à pompa da cerimônia.

b) Falta de relacionamento com Deus. A Palavra de Deus exorta os maridos a amarem suas esposas (Ef 5.25). Esse amor deve começar pelo relacionamento espiritual, com o amor de Deus, o amor “ágape”; e ser cultivado, através do amor humano, do amor conjugal, sincero e dedicado. Quando o esposo e a esposa cultivam o relacionamento com Deus, em seu lar, dando tempo para atividades simples, no aspecto espiritual, a tendência é que o casamento seja fortalecido e sua família edificada, segundo os princípios de Deus. Para tanto, é indispensável que haja um ambiente espiritual no lar. E os sacerdotes da família são os pais, antes mesmo de terem os pastores como seus líderes. A Igreja começa no lar, e este não substitui a igreja local, nem esta substitui o lar. Mas é no lar que deve ter início o culto a Deus. Quando o casal cultiva o relacionamento espiritual com o Senhor, no seio da família, está edificando sua casa sobre a Rocha (Mt 7.24,25).

c) Falta de vigilância e oração. A ordem das palavras podem alterar o sentido de um ensino. Na Bíblia, vemos isso em vários textos. Quando Jesus exortou sobre a vigilância e a oração, Ele não pôs a oração diante da vigilância. Ele disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41 — ver ainda: Mt 25.13; M c 13.37; Lc 21.36). A oração é indispensável. Mas a vigilância vem em primeiro lugar. Ninguém passa o dia todo orando, em todos os ambientes, a não ser em espírito, na mente. Mas o que se passa ao nosso redor deve chamar a nossa atenção.

A vigilância constante é indispensável para uma vida santa. E necessário estar atento aos sinais ou indícios da ação sorrateira do Maligno. Paulo adverte para o cristão estar preparado para enfrentar “as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). Essas ciladas podem surgir no ambiente do trabalho. Um jovem obreiro, dedicado, envolvido na evangelização, ao lado de sua esposa, dirigia cultos ao ar livre. Em um determinado dia, deixou um bilhete para a esposa, informando-a que havia saído de casa, e não mais voltaria. Foi um choque para a esposa cristã, que jamais esperava tal atitude por parte do seu marido.

Logo, ela ficou sabendo que ele engravidara uma colega de trabalho. Seu casamento acabou. Tudo começou com flertes, conversas nos intervalos do expediente; troca de mensagens no celular, no computador e mais um casamento foi destruído pelo Diabo. Ele não vigiou. E não orou o suficiente para vencer “as astutas ciladas do Diabo”.

d) Falta de caráter espiritual. Entende-se por caráter “o que distingue uma pessoa de outra”; “o conjunto de traços psicológicos, o modo de ser, de sentir e de agir, de um indivíduo, índole, temperamento”. O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão da personalidade. E a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a própria conduta. E a “marca” da pessoa. O caráter faz parte da personalidade.

O caráter é demonstrado pelas atitudes, pelas ações de cada pessoa. Transportando esses significados para a vida espiritual, podemos dizer que o caráter cristão é resultado da formação espiritual de cada crente em Deus. Quando a formação do caráter espiritual é deficiente, ou inexistente, a tendência é a pessoa comportar-se de modo estranho aos princípios divinos que estão na Palavra de Deus. Eles devem ser absorvidos desde a infância. Diz a Bíblia: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Os jovens são exortados: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade” (Ec 12.1). Os verdadeiros cristãos, quando vão à ED, desde crianças, quando “habitam” “na casa do Senhor” (SI 23.6), têm sua formação consolidada para viverem conforme a vontade de Deus.

2. DE ORDEM COMPORTAMENTAL.

a) Falta de comunicação entre marido e mulher. A falta de comunicação entre o marido e sua esposa tem sido uma das principais causas eficientes para o desgaste em seu matrimônio. O corre-corre do dia, os estresses do trabalho, os excessos de atividades ministeriais, com administração, viagens, compromissos diversos, atendimento pastoral, visitas pastorais, muitas vezes, não deixam tempo para o obreiro dedicar-se à esposa.

O resultado, muitas vezes, é o esfriamento do amor conjugal. Há estudos que comprovam que a falta de diálogo, de conversa a dois, de atenção um ao outro, contribui mais para o adultério do que a atração ou sedução sexual. Assim, é indispensável o marido refletir sobre sua agenda, e reservar tempo para comunicar-se com sua esposa.

O esposo e a esposa devem desenvolver a comunicação significativa. Evitar a comunicação rotineira. A comunicação significativa é aquela em que o cônjuge fala para o outro coisas que têm significado, que têm valor, mesmo que sejam palavras simples. A comunicação rotineira é aquela desenvolvida pela maioria dos casais, ou seja, quando conversam (se é que conversam), só dizem coisas repetitivas, do tipo “passa o pão”, “passa a batata”; “onde está meu paletó?”, “vai para a igreja?” etc. Imagine passar dez anos só ouvindo esse tipo de “comunicação”; não deve ser nada interessante.

Uma comunicação significativa estreita os laços do amor conjugal. Exemplo: “graças a Deus, apesar das lutas, sinto que Ele está nos abençoando”; ou “eu amo você; saiba que estou a seu lado em qualquer situação”; “como você está?”. Esse tipo de comunicação abre portas para uma conversa cheia de significado. O cônjuge cristão não deve responder com raiva (Pv 14.29); não deve dar silêncio como resposta — é pirraça; não é para crente — e deve evitar aborrecer (Pv 10.19).

Quando errar, pedir perdão (Tg 5.16). Já ouvimos dizer que, em geral, os homens, principalmente obreiros, não pedem perdão, mesmo quando erram. Se é verdade, alguma coisa está muito errada. Se o pastor deve ser o exemplo dos fiéis, exemplo do rebanho e não faz o que diz a Bíblia, quando erra, é passível de reprovação da parte de Deus. Quando o esposo erra, precisa pedir perdão, sim; se a falha é com a esposa, nada melhor do que dizer: “errei; perdoe-me”; “eu te amo” (ver Cl 3.13; 1 Pe 4.8). Da mesma forma, a esposa cristã deve ter humildade para pedir perdão quando errar. Isso não diminui, mas engrandece o comportamento entre os cônjuges.

h) Falta de tempo para o cônjuge. O esposo precisa dar tempo para conversar com a esposa, ter diálogo com ela, saber ouvi-la (Tg 1.19; Pv 18.23). Há uma tendência, no relacionamento conjugal, para inverterem- se certos aspectos; quando o homem está namorando, na juventude, sente-se estimulado a passar horas e horas, conversando com a namorada; depois do casamento, no entanto, quando a experiência de vida promove mais experiências, o marido deixa de conversar com a esposa; falta de assunto? Cremos que não. Parece que é falta de interesse. Há uma armadilha que tem prejudicado muitos casamentos: o excesso de atividades na igreja. O marido dedica-se excessivamente às funções que tem na congregação: superintendente da ED, professor de uma classe, secretário da igreja, dirige o culto matutino, e, nos finais de semana, vai para os cultos ao ar livre, e participa de viagens evangelísticas. Que tempo resta para a esposa e para o lar?

O ministério deve ser uma bênção para o matrimônio e a família e não a causa de sua destruição. O esposo cristão deve alimentar o melhor relacionamento com sua esposa, para que os impulsos carnais não sejam meios para a destruição do casamento e do seu ministério. A mulher cristã deve ser sábia, para não destruir o seu lar com as mãos (Pv 14.1).

c) Tratamento grosseiro. O esposo ou a esposa precisa pensar antes de falar, para não dizer o que não deve e ouvir o que não quer (Pv 21.23). Uma irmã nos procurou, no gabinete pastoral, e expressou sua frustração no seu casamento. Após ouvi-la, pude constatar que seu marido não deixava faltar nada em sua casa; ambos desfrutavam bem a parte sexual e em outros aspectos. Mas a maior queixa daquela esposa era de que seu marido era “grosso” nas horas de discordâncias e a maltratava com expressões ferinas. Depois das discussões, aquele esposo chegava a pedir desculpas, mas as feridas emocionais marcavam aquela irmã. O obreiro, como esposo, precisa ter prudência e calma no falar. É necessário exercitar o fruto da temperança, para que as frustrações não se acumulem no relacionamento, e o Diabo lance as sementes malignas que podem levar à infidelidade.

II - CONSEQUÊNCIAS DO ADULTÉRIO

1. Morte espiritual

O sábio Salomão, usado por Deus, exortou e advertiu quanto aos perigos do adultério. Sua palavra era a Palavra de Deus convocando seus filhos à vigilância contra a infidelidade conjugal. Com um realismo extraordinário, o Senhor verberou contra a prática pecaminosa, reconhecendo que “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3).

A experiência humana demonstra que o sexo ilícito tende a provocar mais prazer do que o sexo lícito do esposo com a esposa. Ao longo dos anos, as lutas da vida podem causar desgastes no relacionamento amoroso entre os cônjuges. Satanás induz ao relacionamento com pessoas estranhas, na busca de mais prazer. E comum a amante, a prostituta, a adúltera propiciar ao marido infiel a prática de atos que não são admitidos pela esposa. E a carnalidade provoca o prazer mais intenso. São “favos de mel” que, depois, podem transformar-se em “favos de fel”.

2. Quebra da confiança entre o casal

As “ciladas do Diabo” podem ocorrer no ambiente da igreja. Um dirigente de congregação, que tinha planos de servir a Deus, com um ministério que podia desenvolver-se ao longo do tempo, foi apanhado pela armadilha de Satanás. Ele estava passando uma fase difícil no relacionamento com sua esposa. Um dia, uma jovem senhora, transferiu-se para a congregação e procurou-o para pedir aconselhamento sobre sua situação conjugal, pois estava separada do marido que a deixara por outra. O obreiro, sem experiência, admitiu conversar a sós com a irmã. Pouco a pouco, envolveu-se com ela, identificando-se com a situação que vivia com sua própria esposa.

Não tardou, a esposa do dirigente começou a notar a diferença. Alertou ao marido, mas ele retrucava que ela estava com ciúme infundado. Ele tornou-se grosseiro e agressivo para com a esposa. Esse é um sinal comum quando um cônjuge se torna infiel. Ter repulsa pelo outro, quando este reclama de sua mudança de atitude. A desconfiança acentuara-se. Depois, foram identificadas mensagens no telefone, mensagens trocadas em redes sociais, na internet; o obreiro foi advertido pelo pastor regional; a mulher também foi chamada, e exortada a fugir desse envolvimento, pois só traria maldição sobre sua vida. Não adiantou. Os dois continuaram a aventura pecaminosa, e caíram em flagrante adultério. Tudo confirmado. Faltou vigilância. Faltou oração. O resultado foi o fim de um ministério, o fim de mais um casamento. Diz a Bíblia: “Porque por causa de uma mulher prostituta se chega a pedir um bocado de pão; e a adúltera anda à caça de preciosa vida” (Pv 6.26). Preciosas vidas foram destruídas espiritualmente por causa do adultério.

3. Quebra da confiança entre pais e filhos

Os filhos veem em seus pais os seus maiores exemplos para a vida. Deveria ser assim. Eles sentem-se felizes e seguros, quando veem seus pais em atitude de respeito e amor. Isso é fundamental para sua formação espiritual, moral e afetiva. Porém, quando uma criança, um adolescente ou um jovem sabe que seu pai trai sua mãe, ou vice-versa, eles sentem o impacto emocional. Um menino, em prantos, perguntou ao seu pai: “Pai, por que o senhor faz isso com a mamãe? Por que o senhor tem outra mulher?”

Não adiantam explicações. Instala-se a tristeza, a insegurança e muitas vezes a revolta no coração dos filhos. Uma irmã, numa igreja, traiu seu esposo com um estranho, com quem se envolveu num encontro casual, num transporte coletivo. Uma cilada do Diabo, numa ocasião corriqueira. Ao saber do fato, o marido não suportou, deixou a esposa, apesar de ela demonstrar arrependimento. Os filhos tomaram ciência da situação. Pediram aos pais que se unissem pois precisavam deles.

Não adiantou. A separação foi concretizada. Os filhos passaram a ter problemas na escola. As notas caíram. O rendimento escolar decaiu. Problemas psicológicos afetaram o mais novo, requerendo tratamento médico. A menina, na adolescência, envolveu-se com más companhias na escola, e passou a fazer uso de drogas. A mãe foi a causadora de toda essa tragédia. O pai não soube perdoar. E o lar foi destruído. Mais uma vitória do Diabo. Mais uma derrota para uma família cristã.

4. Desestruturação familiar

A família sempre foi considerada a célula-máter da sociedade. Um país que valoriza a família, certamente tem alicerces morais e éticos mais fortalecidos. Infelizmente, no Brasil, a família está sendo atacada de modo impiedoso, tanto do lado espiritual, pelas forças diabólicas, quanto pelas forças das instituições que, guiadas por filosofias materialistas, atentam contra a estrutura familiar. Esses são ataques externos à família.

O adultério é um ataque direto à organização familiar. Quando um cônjuge adultera causa terrível transtorno à sua família. Em primeiro lugar, atinge ao cônjuge. Em segundo lugar, aos demais membros da família, principalmente aos filhos, que ficam confusos e perplexos por saber que o pai ou a mãe foi infiel, traindo a confiança matrimonial e dos filhos. O adultério mina o edifício da família em sua base, que é a confiança do esposo na esposa, e dos filhos nos pais. Em quem confiar, se os líderes traem um ao outro? O resultado dessa quebra de confiança é a tristeza, a decepção e a revolta dos filhos. Muitos, não tendo estrutura espiritual e emocional, enveredam por caminhos perigosos, envolvendo--se com drogas, bebida e prostituição. Quem adultera está edificando sua casa sobre a areia (Mt 7.26).

III - COMO EVITAR O ADULTÉRIO

1. Estratégias espirituais

São ações ou atitudes, próprias e indispensáveis para qualquer pessoa que deseja servir a Deus e ter uma vida que honre e glorifique ao Senhor, num processo de preparação para a vida eterna com Cristo. Sem isso, é impossível ser vencedor contra as “astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). Aplicadas ao relacionamento conjugal, são verdadeiras salvaguardas do casamento.

a) Orar sempre. Não há como escapar, como diz certo ditado cristão: “Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder”. É simplista? Pode ser. Mas é real. Jesus mandou vigiar e orar para não cair em tentação (Mt 26.41). O que levou o rei Davi a cometer pecados tão ignominiosos, a ponto de adulterar com a esposa de um soldado do exército que defendia seu reino e sua vida? Pior ainda: o que o levou a perder todo o senso de respeito e consideração pelo general Urias, quando mandou chamá-lo de volta para casa, após usar a esposa do amigo? E vendo que sua artimanha não funcionava, mandou-o de volta à batalha, levando a própria sentença de morte em mãos? Não foi falta de mulheres. Ele, o rei, tinha nada menos que sete mulheres e dez concubinas.

O que derrotou Davi foi a falta de oração. Enquanto o exército de Israel lutava, ele passeava no terraço do palácio, ocioso. Deveria, ao levantar-se do repouso merecido, ter ido orar pelo seu povo, pelos soldados, que expunham a sua vida, defendendo o reino. Mas não o fez. Não orou. Não vigiou (2 Sm 12.7-14). Deixou-se levar pela concupiscência da carne, e da indução do Diabo para cometer atos tão vis, que se tornaram símbolo da falta de honradez e dignidade para um homem que fora chamado de “homem segundo o coração de Deus”, na inferência do texto em que Deus reprova Saul, por sua desobediência e promete levantar um sucessor que seria do seu agrado (1 Sm 13.14).

Orar é tão necessário quanto comer, tomar água, repousar e exercitar o corpo. Orar é o respirar da alma. Se uma pessoa passar mais de três minutos sem respirar, seu cérebro sofrerá lesões que podem ser irreversíveis, e até morrer. Sem oração, certamente, advirão “lesões” espirituais que podem levar à morte. Ninguém consegue vencer as tentações, os ataques malignos contra a vida, o lar, o ministério, o casamento, sem oração.

b) Vigiar sempre. Se a oração é o respirar da alma para não morrer, a vigilância são “as câmeras de segurança” em torno da vida cristã. Além de grades de proteção, as pessoas instalam câmeras de segurança e cercas elétricas em torno de suas residências para evitar a ação dos marginais, que vivem à procura de assaltar os bens alheios. Tais aparatos não impedem, mas podem evitar muitas ações de meliantes. Na vida espiritual, a vigilância é indispensável. Sem a vigilância, a oração pode perder seus efeitos benéficos, pois surpresas e “ciladas do diabo” podem ocorrer a qualquer momento, quando menos se espera. Num quartel do Exército, onde tivemos oportunidade de servir, havia uma frase: “A eterna vigilância é o preço da liberdade!” Na vida cristã, é a mesma coisa. Para evitar cair nas garras do Diabo e ser presa da prática do adultério, é indispensável vigiar sempre.

2. Estratégias humanas

O lado humano da vida é tão importante quanto o espiritual. Não adianta somente orar e vigiar. Se não houver ações, gestos e atitudes humanas, necessárias para um bom relacionamento conjugal, o fracasso do matrimônio poderá ocorrer. São recomendações simples, mas indispensáveis para uma verdadeira harmonia conjugal, que representa baluartes contra a infidelidade sorrateira, que é usada pelo Maligno para destruir casamentos, lares e famílias.

a) Honrando a esposa (1 Pe3.7). Há esposos que se envergonham de suas esposas. Às vezes, por causa das marcas do tempo em suas mulheres, quando perdem a graça da juventude, há homens que deixam de se interessar por suas esposas; isso é brecha para o Adversário penetrar no relacionamento. Honrar a esposa, dando-lhe o apreço e o respeito necessário, é fator decisivo para uma vida conjugal ajustada e gratificante. O mesmo aplica-se às mulheres cristãs. A Bíblia diz que a mulher deve reverenciar seu marido (Ef 5.33).

b) Zelando pelo casamento. Os dois devem ter certos cuidados. Usar sempre sua aliança no ambiente de trabalho; evitar envolvimento emocional com estranhos, e ter coisas que lembrem sua esposa e filhos,como fotos. Evitar envolvimento com pessoas da igreja, que possa causar prejuízo ao ministério e ao casamento. No aconselhamento, no caso de obreiros, ter muito cuidado para não envolver-se com mulheres que estão em dificuldade matrimonial. Vários obreiros já caíram, por não terem vigiado nessa parte.

c) União com a esposa (1 Co 1.10). Essa união deve ser, não só espiritual, mas amorosa, afetiva; o esposo deve, não só amar sua esposa, mas saber demonstrar esse amor através de afeto, carinho, palavras (Ct 4.1,0; Pv 31.29); e investir na intimidade com a esposa, não só com palavras, mas de modo concreto, com gestos, abraços, carícias (1 Jo 3.18; 1 Pe 3.8). E preciso manter o namoro no casamento. O amor deve ser o elo principal no relacionamento entre o marido e sua esposa, e vice-versa. Se não houver amor, tudo pode desabar. Esse amor deve ser dominado pelo amor “ágape” (cf. 1 Co 13).

d) Cuidar da parte sexual (1 Co 7.3,5). Cuidar dessa parte do matrimônio é importante para o equilíbrio espiritual, emocional e físico do marido e sua esposa. Quando o casal não vive bem nessa parte, o Diabo procura prejudicar o relacionamento, a fim de destruir o ministério e a família. O Inimigo tem trabalhado de modo constante para levar o marido ou a esposa a pecar nessa área. Ministérios têm sido destruídos por causa da infidelidade conjugal de muitos ministros pelo mundo afora.

IV - FUGIR DAS TENTAÇÕES

O cristão, por mais que se considere santo, não está imune às tentações. Jesus em tudo foi tentado, mas não pecou (Hb 4.15). Se Jesus foi tentado, Davi foi tentado (e caiu vergonhosamente), Sansão foi tentado, Salomão foi tentado; o crente, nos dias presentes, não pode achar que está livre de cair em tentação. Alguns conselhos práticos podem resguardar o servo ou a serva de Deus, da vergonha da queda, e da destruição de seu ministério, do seu casamento, e da sua honra. Como escapar das tentações:

1. Vigiando e orando. A “carne é fraca...”(Mt 26.41). O cristão deve viver em oração, em comunhão permanente com o Senhor. E isso é possível. Todos os dias, desde o início da jornada, começar com oração. O cristão deve orar diariamente, passando tempo significativo na presença de Deus.

2. Resistindo ao Diabo. O inimigo sabe que a área sexual e sentimental é um ponto sensível (e fraco) para muitas pessoas, notadamente os jovens. Ele ataca muito nessa área. Mas é possível resistir e vencer (1 Pe 5.8,9; Tg 4.7). Exemplo notável é o de José na casa de Potifar. Resistiu e venceu, ainda que tenha pagado um preço terrível. Ao final, Deus o recompensou de modo glorioso.

3. Fugindo dos desejos ilícitos (2 Tm 2.22. P v 3.7; 22.3). Os esposos mais jovens são mais visados pelas tentações do sexo; o Diabo aproveita-se dos problemas do casal para investir na infidelidade. Todavia, os de mais idade não estão imunes a pensamentos pecaminosos. A batalha contra as tentações está na mente, nas emoções, nos sentimentos; é preciso guardar o coração (a mente — Pv 4.32); o pensamento deve ser levado cativo (2 Co 10.5) e precisamos renovar o nosso entendimento (Rm 12.1-3).

4. Reconhecendo que Deus é dono do nosso corpo (1 Co 6.20). Só devemos usá-lo (seus membros) de acordo com a vontade do Dono. Um dia, prestaremos contas ao Dono do corpo daquilo que fizemos com sua propriedade.

5. Conscientizando-se de que o corpo é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Ê a dimensão espiritual do corpo. Não podemos profanar, sujar, manchar ou degradar o templo de Deus; há quem ensine que, nas quatro paredes do quarto do casal, podem fazer o que quiser. Isso é um ensino irresponsável, pois só podemos fazer com o corpo o que agrada ao Espírito Santo. O sexo pode e deve ser desfrutado pelo casal, mas este deve lembrar-se de que devemos glorificar a Deus em nosso espírito, em nossa alma e no nosso corpo.

6. Buscando a santificação. E o processo contínuo, diuturno, e constante, pelo qual uma pessoa se torna santa. Sem santificação, jamais alguém, homem ou mulher, congregado, membro ou obreiro, verá ao Senhor (Hb 12.14). E a separação da vida e do ser integral, da mente e do corpo em consagração para Deus (1 Pe. 1.15; 1 Ts 4.3-7).

7. Ocupando a mente com as coisas espirituais. Alguém já disse que “mente vazia é oficina do Diabo”. Faz sentido. Quando o cristão procura ocupar sua mente, com a oração, leitura da Bíblia e de bons livros; quando pratica o jejum, como reforço à oração, servindo ao Senhor, dificilmente vive pecando. Quando o obreiro cristão se desenvolve no ministério, preparando estudos, mensagens, sermões para alimentar a igreja local, envolve-se na evangelização, louvando, participando da obra do Senhor e ocupa a mente com o padrão requerido por Deus, é mais difícil cair (ver Fp 4.8,9).


8. E vitando o uso da tecnologia a serviço do mal. A televisão é uma invenção extraordinária. Por ela, mensagens edificantes podem chegar a muitas pessoas. Um pregador pode alcançar milhões de telespectadores. Mas, por ela, o Diabo pode entrar nos lares e nas mentes de servos e servas de Deus. Pesquisas mostram que onde chega o sinal de determinadas emissoras, com a transmissão de novelas, o número de separações de casais aumenta. Não é por acaso. Certas programações, na TV secular, são fruto do plano do Diabo para destruir a moral, os bons costumes, o lar e o casamento. Por isso, diz a Bíblia: “Não porei coisa má diante de meus olhos” (SI 101.3). Pior que a TV é a internet, quando usada para o pecado. Muitos casais estão prejudicados em seu casamento, por causa do vício de um cônjuge, que se deixa escravizar pelos contatos virtuais ilícitos. Há cristãos viciados em sexo virtual, em pornografia e relacionamentos com pessoas estranhas, o que equivale a adultério, segundo ensino de Jesus (Mt 5.28). Assim, o cristão deve evitar a TV e a Internet imorais, as revistas pornográficas, as novelas, cujo enredo é demonismo e sexo explícito, traição, violência, inversão de valores, desrespeito a Deus. Pergunta: Será que Jesus está ao lado de uma irmã, ou irmão, quando está assistindo à novela? Ou quando está diante da internet, acessando sites pornográficos?

9. Ocupando a mente e o corpo com atividades lícitas. Quando o cristão ocupa-se com trabalho (mente desocupada é oficina do Diabo), exercícios físicos moderados e saudáveis, de acordo com sua idade são muito úteis à saúde (2Ts 3.10,11; 1 Tm 4.8).


FONTE
Formar uma família e mantê-la com princípios e valores cristãos é um desafio na pós- modernidade. Para obter sucesso, não só é preciso conhecer o que a Bíblia diz, mas como também colocar seus ensinamentos em prática. Desse modo, as contaminações do mundo sobre a família cristã podem ser identificadas e refutadas. Proteja sua família! 

Livro de apoio a lição bíblica do 2º trimestre de 2013.


AUTOR: Elinaldo Renovato de Lima

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