6º Agente: A 1ª Besta
1. “E EU pus-me sobre a areia do mar, e
vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus
chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia”.
I. “...Uma Besta”. A palavra para “besta” neste capítulo não é a mesma usada no
capítulo 4.6 e ss: (“zoon, o que vive”), mas, a palavra grega “therion”, que
significa “uma fera”. Ela era usada na literatura grega e helenista para
indicar animais “perigosos”.
Usava-se também para indicar seres animalescos, de natureza sobrenatural, ou indivíduo de natureza bestial. No presente texto, João usa a palavra para descrever a “figura sombria do Anticristo”. Esta Besta será uma pessoa e não apenas uma personificação do mal, ela é chamada de “Besta”, porque do ponto de vista divino de observação é o que ela é. A passagem fala claramente de uma pessoa, pelo uso do pronome “ela” (13.4; 17.11; 19.20). “Em inglês, o pronome é “he”, usado somente para pessoas. Deve-se ter isto em mente para compreensão do significado do pensamento, pois em português, “ela” é usado tanto para pessoas animais ou coisas”.
Usava-se também para indicar seres animalescos, de natureza sobrenatural, ou indivíduo de natureza bestial. No presente texto, João usa a palavra para descrever a “figura sombria do Anticristo”. Esta Besta será uma pessoa e não apenas uma personificação do mal, ela é chamada de “Besta”, porque do ponto de vista divino de observação é o que ela é. A passagem fala claramente de uma pessoa, pelo uso do pronome “ela” (13.4; 17.11; 19.20). “Em inglês, o pronome é “he”, usado somente para pessoas. Deve-se ter isto em mente para compreensão do significado do pensamento, pois em português, “ela” é usado tanto para pessoas animais ou coisas”.
1. Ele será o monstro mais hediondo que o
mundo já conheceu; somos forçados a crer que ele tenha duas nacionalidades: uma
romana e a outra judia. Sobre a primeira (Dn 2.44; 7.7 e ss; 8.9 e ss; 9.27; Ap
13.1 e ss); sobre a segunda (Dn 11.37, 38, 45; Mt 24.15; Mc 13.14; Jo 5.43; 2Ts
2.4; 1Jo 2.18; 2Jo v.7). Em figura de retórica ver At 22.28. Sobre sua raça ver
Ez 21.25-27; 28.2 e ss; Dn 8.23-25; 9.27; Mt 12.43-45. Semelhantemente, ele
exercerá suas atividades em duas capitais: (Roma – centro político) e
(Jerusalém – centro religioso). Os rabinos judaicos ensinam que ele será da
tribo de Dã: “Dã será (no futuro) serpente junto ao caminho, uma víbora junto à
vereda” (Gn 30.6; 49.17). Os místicos contemporâneos dizem que o Anticristo
nasceu a 5 de fevereiro de 1962, na Palestina; foi para um dos países árabes.
Atualmente se encontra em silêncio em Jerusalém. Não sabemos se isso é real, ou
fictício, mas será uma coincidência curiosa que adicionando os números da data
desse ano, temos 1 + 9 + 6 + 2 = 18, ou seja, três x6 ou 666. Não devemos
duvidar se há ou não nisso significação especial, pois a Bíblia afirma que
“...já o mistério da injustiça opera” (2Ts 2.7). “...ouvistes que vem o
Anticristo... por onde conhecemos que é já a última hora” (1Jo 2.18).
2. “Em João (1 Epístola 2.18, 22 e 2 João
v.7), fala do “Anticristo e de muitos anticristos”. O “Anticristo” (1Jo 2.18),
a pessoa, deve ser discriminada dos “muitos anticristos” e do “espírito do
Anticristo” (1Jo 4.3); o que caracteriza todos eles é a negação da encarnação
do Verbo (a palavra), o Filho Eterno, Jesus, como o Cristo (Mt 1.16; Jo 1.1),
os “muitos anticristo” precedem e preparam o caminho para o Anticristo, que é a
Besta que “subiu do mar”, ele será o último chefe político, como o falso
profeta (a segunda Besta) de Ap 13.11 e ss; 16.13; 19.20 e 20.10, será o último
chefe religioso. O termo exato, “anticristo”, limita-se, no Novo testamento, à
primeira e à segunda Epístolas de João; mas o conceito é perfeitamente comum.
Esse termo é usado no singular ou plural, nas passagens (1Jo 2.18, 22; 4.3 e
2Jo v.7). Seu nome demonstra que ele será a antítese do verdadeiro Cristo: Jesus
é o Justo, ele será o iníquo; Jesus, ao entrar no mundo disse: “Eis aqui venho,
para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está escrito que
ele fará conforme a sua vontade (Dn 11.36). O Senhor Jesus é o Filho de Deus,
ele será “o filho da perdição” (2Ts 2.3); seu governo será segundo a eficácia
(energia, ou operação interna) de Satanás, com todo o poder, e sinais e
prodígios de mentira...”.
2. “E a besta que vi era semelhante ao
leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o
dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”.
I. “...a besta que vi era semelhante...”. A pessoa aqui citada compreende também seu reino ou governo.
O apóstolo João contempla agora esta grande visão, cerca de 651 anos da visão
de Daniel 7. (Em Daniel 7 a ordem é inversa). Daniel olha para o futuro dos
séculos e vê (Leão, Urso, Leopardo e Fera Terrível), João olha para o passado e
vê (Besta, Leopardo, Urso e Leão). “O Anticristo sumariará todo o brilho da
Grécia, todo o poder maciço e passado da Pérsia, todo o domínio absoluto real e
autocrático da Babilônia que os gentios já conheceram”. Essa Besta combina
características das primeiras três feras de Dn 7.2 e ss. A força e a
brutalidade do império babilônico, medo e persa aparecem também no império
romano. A vigilância felina do leopardo, o poder lento esmagador do urso e o
rugido do leão, que eram características familiares para os pastores da
Palestina.
3. “E vi uma de suas cabeças como ferida
de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a
besta”.
I. “...uma de suas cabeças (“como”) ferida
de morte”. Aqui João vê como fato
consumado uma forma revivificada do império romano, que desapareceu há séculos.
Essa ferida mortal ou como diz o grego “ferida até a morte”, foi feita quando
Odoacro, rei dos hérulos, apoderou-se de Roma, terminando assim o império. Nos
dias atuais Roma existe, mas não o império. Durante o governo sombrio do “homem
do pecado”, sua primeira grande maravilha será “curar” (através do poder do
dragão) essa monarquia. Três vezes neste capítulo é referido esta “cura”
(restauração) e de todas elas como significação especial (vs. 3, 12, 14).
1. O Novo Testamento ensina que temos um
adversário espiritual em atividade neste mundo, a saber, Satanás. Ele dará todo
o seu poder ao Anticristo, o filho da perdição (13.2); ele maravilhará o mundo
com suas “mágicas” em vários aspectos:
(a) O leopardo representa o reino da Grécia
e da Macedônia (Dn 7.6); rápido, veloz, conquistador e incansável. O Anticristo
terá essas qualidades em grau supremo:
(b) Os pés de urso representam a Média e a
Pérsia (Dn 7.5); dando as idéias de força, estabilidade e consolidação. As
Escrituras falam de seus (“PÉS”) em várias conexões (Dn 2.33, 34, 41, 42; 7.7,
19, 23; 8.10, 13). Outras expressões com o mesmo sentido, são usadas no Novo
Testamento, tais como: “pisada” (Lc 21.24); “pisarão” (Ap 11.2). Observe
novamente a expressão (“SEUS PÉS”) nesta secção (13.2). Até o “MAPA GEOGRÁFICO”
deste império é a “figura de um pé!”. O Anticristo também incorporará esses
aspectos em seu poder:
(c) A boca de Leoa representa a monarquia do
império da Babilônia (Dn 7.4); subentendendo ruína ameaçadora rugido de
blasfêmia, perseguição e matança. O Anticristo será o possuidor supremo dessas
qualidades:
(d) A Besta ou fera terrível (Dn 7.7);
representa Roma imperial. Terrível, e espantosa e muito forte. O Anticristo
será tudo isso e mais ainda; pois o “dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono,
e grande poderio”.
4. “E adoraram o dragão que deu à besta o
seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá
batalhar contra ela?”.
I. “...e adoraram a besta”. A autoridade da Besta e geograficamente extensa, é mundial:
sobre cada tribo, povo, língua e nação. A exemplo dos antigos Césares, ela
exigirá adoração universal. Há um pormenor a salientar no versículo 12 deste
capítulo. Enquanto nos versículos 4 e 8 a adoração é aparentemente voluntária e
espontânea, embora interesseira, no versículo doze parece haver intenção de
coagir: observe bem a frase “faz com que a terra e os que nela habitam adorem a
primeira besta”. Isso não é de admirar, pois além das força invisíveis do mal:
o dragão lhe deu “o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”, mas quatro
coisas o ajudarão na sua popularidade: o número, a imagem, o nome e o sinal
(13.17; 15.2). “O que significa tudo isso, no momento, é impossível dizer com
certeza, onde estão estampados, as Escrituras claramente indicam”.
5. “E foi-lhe dada uma boca para proferir
grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e
dois meses”.
I. “...foi-lhe dada uma boca”. O presente versículo encontra seu paralelo, na passagem de
(Dn 7.8), onde lemos: “Estando eu considerando as pontas, eis que dentre elas
subiu outra ponta pequena (o Anticristo), diante da qual três das pontas
primeiras forma arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como de homens e
uma boca que falava grandiosamente”. Isso é dito porque, conforme já vimos,
esse homem, apesar de possuir naturalmente grande inteligência e autoridade,
não poderá ser explicado somente sobre bases humanas. Por seis vezes (número do
homem) é dito que esse poder “lhe foi dado” (13.2, 5, 7, 14, 15). Esse poder
será limitado pelo tempo, mas mesmo assim, durará “quarenta e dois meses”. Esta
expressão e outras similares são termos técnicos freqüentemente empregados para
descrever o período sombrio chamado de Grande Tribulação. Emprega-se também a
frase “um tempo, tempos, e metade de um tempo” (Ap 12.14), como sendo igual a
42 meses e 1.260 dias (11.2, 3; 12.6, 14; 13.5). Expressões estas que denotam o
período durante o qual a Cidade Santa foi calcada aos pés dos gentios, e as
duas testemunhas profetizaram, a mulher esteve no deserto, e a Besta que subiu
do mar ocupou o trono que herdou do dragão vermelho.
6. “E abriu a sua boca em blasfêmia
contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que
habitam no céu”.
I. “...abriu a sua boca em blasfêmias”. O Anticristo blasfemará os “poderes do mundo superior”,
ridicularizando sua própria existência. Apresentará suas próprias explicações
acerca de todos os problemas difíceis do universo, e conseguirá enganar a
maioria dos homens com seu aparente poder messiânico.
1. O tabernáculo de Jerusalém foi alvo das blasfêmias
de Antíoco IV Epifânio. O tabernáculo dos céus será objeto das blasfêmias do
Anticristo, durante seu período de existência na terra. durante sua vida
terrena, o Filho de Deus foi alvo cerrado das grandes blasfêmias dos rebeldes
fariseus. Eles chegaram até blasfemar do infinito Espírito de Deus, e assim
ultrapassaram todos” os limites da Redenção” (Mt 12.31, 32). Os súditos da
Besta, porém, blasfemarão não só da pessoa de Deus, mas do seu nome, do seu
tabernáculo, e dos que habitam no céu.
7. “E foi-lhe permitido fazer guerra aos
santos, e vencê-los; deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação”.
I. “...foi-lhe permitido fazer guerra aos
santos”. O versículo em foco,
tem sua base literária nas palavras de Daniel (7.21), aludindo ao poder que
Antíoco IV Epifânio teve de ferir e derrotar a nação de Israel. (Ver também
nota expositivas em Ap 11.7, onde são usadas palavras similares, acerca da
morte das duas testemunhas). Historicamente, conforme o vidente João encarava a
questão, o Anticristo será a culminação desse poder satânico vindo do mundo
exterior. Quando surgir no grande cenário mundial, o mundo inteiro sofrerá suas
perseguições atrozes, e não apenas a Igreja (não a da graça) composta pelos
mártires e assinalados durante a Grande Tribulação. Os santos serão vencidos,
não no sentido espiritual, pois neste sentido serão “mais do que vencedores”
(Rm 8.37), mas, sim, no sentido físico. Alguns deles morrerão à míngua,
porquanto não poderão adquirir alimentos, medicamentos e outros meios de subsistência,
já que não prestaram lealdade a Besta
8. “E adoraram-na todos os que habitam
sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do
Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.
I. “...o livro da vida do Cordeiro”. O presente texto, faz referência ao “livro da vida”.
Encontramos de novo a mesma idéia e expressão, em 21.27, sendo ali o mesmo
significado do pensamento que temos aqui. “Naquela passagem, somente os que têm
sue nomes registrados naquele livro terão a permissão de entrar na Nova
Jerusalém. Portanto, essa referência pode ser presente ou escatológica, e a
questão da vida eterna está envolvida no quadro”.
1. Desde a fundação do mundo. Essa expressão
se acha fora do Apocalipse por seis vezes: (Mt 13.35; 25.34; Lc 11.50; Hb 4.3;
9.26; 1Pd 1.20). No Apocalipse, fora das duas passagens já mencionadas, ver
17.8. A expressão nos leva a entender que o nome de alguém é registrado no
“Livro da Vida” devido à expiação de Cristo. (Ver notas expositivas sobre isso,
em Ap 3.5).
9. “Se alguém tem ouvidos, ouça”.
I. “...se alguém tem ouvidos, ouça!”. Esta expressão “...se alguém tem ouvidos, ouça” ou “...quem
tem ouvidos, ouça”, é freqüentemente usada nos Evangelhos; ela é peculiar e
exclusiva aos lábios do Senhor Jesus (cf. Mt 13.9, 43; Mc 4.9). Ela também
aparece em Ap 2.7, 11, 29 e 3.13, 22, nas quais são acrescentadas as palavras:
‘...o que o Espírito diz às igrejas”. Fora do Apocalipse achamo-la em Mt 13.9,
43, dentro das “parábolas do reino”. (Cf. também Mc 4.9, 23; 7.16; Lc 8.8;
14.35). Tal expressão chama a nossa atenção para a necessidade de darmos
ouvidos à mensagem proferida e de agirmos de acordo com ela. O ouvir a palavra
de Deus traz ao homem grande segurança contra o pecado “que tão de perto” o
rodeia.
10. “Se alguém leva em cativeiro, em
cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto.
Aqui esta a paciência e a fé dos santos”.
I. “...se alguém leva em cativeiro”. A lei da compensação aqui apresentada será exclusivamente
aplicada por Deus: “...Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” (Rm
12.19b). Ninguém a não ser Deus terá esse poder no tempo do fim (Gl 6.6). A
Besta que durante seu reino tenebroso, aprisionou, os servos de Deus; será
aprisionada no “Lago de Fogo” (Ap 19.20; 20.10). E, semelhantemente, sua espada
ferina, que matou a muitos santos naqueles dias, será neutralizada pelo
“esplendor da vinda do Senhor”, quando voltar a terra com poder e grande glória
(cf. 2Ts 2.8; Ap 19.15).
1. A fé dos santos. “FÉ”, é uma palavra que
ocorre duzentas e quarenta e quatro vezes nas páginas do Novo Testamento; mas o
conceito de fé, mediante o uso de outros termos, ainda é mais freqüente. A fé é
um dom e uma operação do Espírito Santo, mas também é uma reação da alma. A fé
em Cristo é um dom de Deus (Rm 12.3); é a operação de Deus (At 11.21); é
preciosa (2Pd 1.1); é frutífera (1Ts 1.3); é santíssima (Jd v.20). Os santos
aqui devem sofrer as dores que lhes são designadas e triunfar por elas. Mas,
isso só será feito, mediante “a paciência”.
7º Agente: A 2ª Besta
11. “E vi subir da terra outra besta, e
tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão”.
I. “...outra besta”. A palavra grega “therion” que é empregada para indicar a
primeira Besta, é exatamente a mesma palavra empregada para descrever a segunda
Besta que “subiu da terra”. O fato de a mesma ter “dois chifres” semelhante de
um Cordeiro, representa simuladamente um aspecto de docilidade e mansidão,
porém, essa forma sutil de engano logo será desmentida porque seu falar a
denuncia – é a voz do dragão. Em outra significação do pensamento, o chifre é
símbolo de poder físico, moral ou real, e os dois chifres da Besta nesta secção
representam a combinação de rei e profeta. Esses “dois chifres” também podem falar
do poder combinado de regiões naturais (Israel: centro religioso e Rom: centro
político). Sua autoridade abrange 2 reinos (religioso e político).
1. A primeira Besta (o chefe político) é
descrita como tendo saída do mar (que simbolicamente representa os povos em
estado de inquietação: Lc 21.25; Ap 17.15). Isso indica seu aparecimento no
início da Grande Tribulação quando tudo ainda se encontra num verdadeiro caos
ou estado de confusão. A segunda porém, emerge da terra (que simbolicamente
pode representar já um estado de tranqüilidade, embora simulada, para os
súditos da Besta). Alguns intérpretes acham que o “mar” (13.1) representa todas
as nações gentílicas, enquanto que a “terra” (13.11) representa a nação de
Israel. O simbolismo é muito lógico.
12. “E exerce todo o poder da primeira
besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a
primeira besta, cuja chaga mortal fora curada”.
I. “...exerce todo o poder da primeira
besta”. Segundo o Dr. H. Lickwer, Sr a frase “na
sua presença” implica “na presença dela”, como se lhe desse assistência e a
apoiasse. O caráter múltiplo deste “falso profeta” é previsto por nosso Senhor.
Em sua última descrição sobre os “últimos dias” ele declarou: “E surgirão
muitos falsos profetas, e enganarão a muitos” (Mt 24.11, 24). É de lamentar ver
como neste livro vemos homens adorando o dragão (13.4); à Besta (13.15). No
campo profético, segundo se depreende, estes versículos dão a entender que o
falso profeta contará com meios para promover e forçar a lealdade dos homens ao
Anticristo. O leitor deve observar bem a frase “faz” e verá que a adoração à
Besta naqueles dias, não só será voluntária, mas de um modo particular isso
será forçado.
1. “O Anticristo promoverá a mais terrível
perseguição religiosa de todos os tempos. O seu falso profeta (a segunda Besta)
será o homem certo para encabeçar essa perseguição sem precedente na história
humana. Historicamente falando, isso já acontecia nos dias de João. O culto do
imperador era uma das formas de testar, os cristãos; quando esses se recusavam
a adora-lo, simplesmente morriam sem misericórdia. Profeticamente falando, isso
também acontecerá naqueles dias sombrios”.
13. “E faz grande sinais, de maneira que
até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens”.
I. “...Até fogo faz descer do céu”. Esse falso profeta do Anticristo procurará em tudo imitar os
profetas do Senhor. Talvez por motivo de que uma das testemunhas escatológicas
ter vindo “no espírito e virtude de Elias” (Lc 1.17 e Ap 11.5), ele também
procurará imitar esse grande profeta do Antigo Testamento. Como o falso profeta
ele somente se encontra com o Anticristo. Os dois escravos de Satanás são
inseparáveis. O dragão dará seu poder externo à primeira Besta (13.2) e seu
espírito à segunda, pois fala como dragão (13.11). Carpenter (in loc), afirma
que “existe um fogo santo, que inspira os lábios e os corações dos santos; e
também há um fogo estranho, um fogo de mero poder, que o espírito do mundo se
sente tentado a adorar”. O “fogo” estranho do falso profeta é representado por
esse último: sua ação é só “...à vista dos homens”. As duas testemunhas (11.5)
farão muitos milagres que envolvem fogo. O falso profeta da corte não exibirá
menores poderes; há uma diferença penas: um fogo é de Deus o outro é do dragão
vermelho.
14. “E engana os que habitam na terra com
sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que
habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da
espada e vivia”.
I. “...a imagem da besta”. Afirma-se através de historiadores contemporâneos que Simão
Mago (At 8.9 e ss) declarara na cidade de Samaria que podia transmitir vida e
movimento às imagens. Algumas estátuas eram reputadas, por muitos idólatras,
como o lugar da manifestação dos deuses, e a idéia de que elas podiam adquirir
propriedade de vida era geral. Para nós, porém, isso não tem sentido real, ela
(a imagem) pode até ter uma “forma de vida”, mas isso indica a vida original,
pois nesse campo, só Deus é o Senhor da vida. O embuste de Simão Mago será
revivido na era futura (Ec 3.15). Profeticamente, falando, supomos que essa
espécie de fenômeno terá lugar novamente mediante o poder falso da segunda
Besta. Nos dias do Anticristo os homens serão cegados pela idolatria reinante
e, o resultado de um cego guiar outro cego é caírem no abismo (o inferno).
15. “E foi-lhe concedido que desse
espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e
fizesse que fossem mortos todos os que no adorassem a imagem da besta”.
I. “...fossem mortos os que não adorassem”. No versículo anterior fala-se da “...imagem da Besta”. Essa
expressão, “imagem da Besta”, ocorre por 10 vezes nas páginas douradas do
Apocalipse: (13.14, 15; 14.9, 11; 15.2; 16.2; 19.20; 20.4). É sabido através de
Plínio que na antiguidade, não só se adorava o imperador, mas era também
colocada no templo a imagem do mesmo, diante da qual os homens eram forçados a
se prostrarem em adoração (cf. Dn capítulo 3). Lembremos do tremendo tumulto
que Calígula provocou, quando tentou instituir essa espécie de culto ao
imperador, no templo de Jerusalém. Por não concordarem com essa forma
abominável de adoração, os cristãos sofriam e eram assassinados. A natureza dos
homens é a mesma em todos os tempos; o povo, no tempo das maravilhas de Deus no
Egito e no deserto mostrou-se propenso a abandonar os cultos ao Criador para
prostrarem-se diante de um bezerro de ouro (Êx 32.1-6). A idolatria é uma arma
mortal não mão dos idólatras, que vivem alienados de Deus (1Jo 5.21).
16. “E faz que a todos, pequenos e
grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão
direita, ou nas suas testas”.
I. “...seja posto um sinal”. A expressão “todos” no texto principal desta secção é
dividida em diversas classes: “...pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e
servos”, para indicar a absoluta “universalidade” do poder do Anticristo, de
tal modo que nenhum homem, de qualquer posição ou nível social, possa escapar
aos seus desígnios. O homem mau sempre tem um sinal. O sinal sempre tem conotação
com o mundo religioso. Caim, após ter morto seu irmão Abel, recebeu um sinal:
(“Õth” – marca distintiva); este lhe assegurava a proteção e ao mesmo tempo
impunha respeito e extremo terror (Gn 4.15). O Anticristo sabe que para Israel
o aceitar como o seu “messias”, exige primeiro um sinal (Êx 4.1 e ss; Jo 4.48;
1Co 1.22) e que o verdadeiro Cristo tem em seus fiéis um sinal (Ez 9.4, 6; Ap
7.1 e ss; 14.1-5), ele também como audacioso procurará imitar a Cristo até na
religião (2Ts 2.4) e quando tudo estiver sob seu controle, então ele atingirá o
máximo da apostasia: “...de sorte que se assentará, como Deus, no templo de
Deus, querendo parecer Deus”.
17. “Para que ninguém possa comprar ou
vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número de seu
nome”.
I. “...o nome da besta”. O Anticristo, o homem do pecado, sem dúvida alguma terá um
nome político que servirá como ponto de observação (cf. Gn 11.4). Em tudo, esse
cristo impostor deseja imitar a pessoa de Cristo, o Ungido do Senhor, e se
apresentará no cenário da história com vários nomes e títulos:
1. (a) O homem violento. Is 16.4; (b) O
homem do pecado. 2Ts 2.3; (c) O príncipe que há de vir. Dn 9.26; (d) O rei do
norte. Dn 11.40; (e) O angustiador. Is 51.13; (f) O filho da perdição. 2Ts 2.3;
(g) O iníquo. 2Ts 2.8; (h) O mentiroso. 1Jo 2.18, 22; (i) O enganador. 2Jo v.7;
(j) O Anticristo. 1Jo 2.18, 22; e 4.3; (l) A Besta. Ap 13.1 e ss; (m) Um rei
feroz de cara. Dn 8.23; (n) A ponta pequena. Dn 7.8, etc.
2. Além destes nomes e títulos já mencionados
ele terá seu próprio nome (cf. Jo 5.43). Um fato notável devemos observar aqui:
o primeiro rei que fundou o governou Roma, foi Rômulo (754 a.C.). O império
romano durou 1.209 anos (de 754 a 455 d.C.). Seu último imperador foi Rômulo
Augusto, que reinou de 435 a 455 d.C. Nesta data, Odoacro, rei dos hérulos,
apoderou-se de Roma, terminando, assim, o império ou a realeza. Hoje todos
sabem que Roma existe, mas o império. Se o nome pessoal do Anticristo for
Rômulo (cf. Ec 3.15), na língua portuguesa, se compõe de “6” letras. Segundo a
profecia, o número do seu nome (do Anticristo) pode ser calculado “ porque é o
número de um homem” (13.18). Observemos: O primeiro Rômulo da fundação do
império 96 letras); O segundo Rômulo do fim do império (6 letras); O terceiro
Rômulo? do império restaurado? (6 letras). Em cada nome “6” letras, total:
“666”; isso é interessante!
18. “Aqui há sabedoria. Aquele que tem
entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um
homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”.
I. “...calcule o número da besta”. O número denota uma pessoa específica, e sua identificação
deve ser descoberta em alguma espécie de cálculo numérico, mediante o qual o
número é transformado em um “nome”. De acordo com a numerologia pitagoreana, o
“666” é o chamado número triangular, sendo a soma dos números de “1” a “36”,
inclusive; além disso, o “36” é, em si mesmo, a soma dos números de “1” a “8”.
Portanto, o “666” se reduz ao “8”; e esse é o número significativo em Ap 17.11:
“é ela (a Besta) também o oitavo”.
1. “666”. O número “666” é o número de “um
homem mal”, sendo a unidade de “6” impressa sobre ele em sua criação e me sua
história subseqüente. Observemos pois:
a) O homem foi criado no sexto dia. Gn 1.26,
27, 31, e deve trabalhar também seis dias. Êx 20.9, e seis anos em sete. Lv
25.2. O escravo hebreu deve servir por seis anos. Dt 15.12. A sexta cláusula do
Pai Nosso, trata da causa do pecado. Mt 6.12; o sexto mandamento: “Não matarás”
fala do pecado mais horrendo no campo moral. Êx 20.13. Golias, o general
filistino, tinha de altura seis côvados e um palmo, sua lança pesava seiscentos
siclos de ferro, e sua armadura era composta de seis peças. 1Sm 17.4-7; 21.9.
b) No campo espiritual: “T (grego, tau)
E (grego, epsilon)
I (grego, iota)
T (grego, tau)
A (grego, alpha)
N (grego, nu)
Vale 300 Teitan = Satanás (dragão, antiga
serpente)
Vale 5
Vale 10
Vale 300
Vale 1
Vale 50
666”
(c) No campo social: “O rei Salomão amou
muitas mulheres estranhas, e isso além de filha de Faraó, moabitas, amonitas,
iduméias, sidônias e heteias” (1Rs 11.1). Na segunda epístola de Paulo a
Timóteo diz: “...deste número (666) são”: “...homens amantes de si mesmos.
Avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães...”
(6).
“...ingratos, profanos, sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes...” (6).
“...cruéis, sem amor para com os bons,
traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus” (6). Assim sua somatória é: “666”. O Dr. Wim Malgo salienta que “o número
6 é o número dos dias da semana sem o sábado, ou também o número da criação sem
o Criador; o número do mundo sem Deus”.
(d) Nas monarquias: Nas passagens de (Jr
39.1-2; 52.4-6; comp. 2Rs 25.1-3) está escrito: “...era o ano nono...no mês
décimo... era o undécimo ano... no quarto mês, aos nove do mês...” Isso são
exatamente: “3 x 6 meses: 666”. Segundo os Anais da História, a dinastia
fundada por Sinaqueribe, durou 666 anos. A estátua do rei Nabucodonosor,
erigida no “campo de Duna”, tinha de altura 60 côvados e de largura 6, enquanto
que a banda de música era composta de seis peças (Dn 3.1, 7, 10). O império
romano pisou a cidade de Jerusalém 666 anos, da batalha de Actium, 31 a.C. a
conquista sarracena, 635 d.C. O pacto Stálin – Hitler para tomar e dividir a
Polônia, deu-se em 20 de agosto de 1939. Deste Pacto resultou a segunda guerra
mundial, que terminou em 22 de junho de 1941. Exatamente 666 dias.
(e) Na forma numérica: “D. Smith Quando o
nome de “Nero Caesar” passa para o equivalente hebraico é “Nrom Ksr”. Nas
línguas primitivas comumente usavam-se letras para a numeração e contras, como
era o caso do sistema romano. O V valia 5; o X, 10 o C, 100 etc. Assim, no
hebraico o equivalente numérico seria: N igual a 50; R, 200; O, 6; N, 50; K,
100; S, 60 e R, 200. O total dava 666”.
(f) No contexto profético: Lendo a passagem
de Ed 2.13, nos deparamos com a expressão repentina: “Os filhos de adonição,
seiscentos e sessenta e seis”. O nome deste cativo significa: “que é senhor dos
meus inimigos”: tem sentido especial na terminação do sufixo (“cão”). NO Novo
Testamento, o versículo (“666”), Mateus 20.18, traz o terceiro anúncio de
sofrimentos com as palavras: “Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem
será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à
morte”.
g) No alfabeto inglês, a começar com a letra
A valendo 100; com o B valendo 101; o C, 102; e assim por diante, as letras
seguintes terão valor certo. Assim, H será 107; I, 108; T, 119; L, 111; E, 104;
R, 117. Total (Hitler) dará 666. No dizer do vidente João em sua 1 epístola
2.18: “...muitos se têm feito anticristos...” Isso nos leva a entender que,
todos esses homens e sistemas, em algum significado do pensamento, foram
representantes do Anticristo. Tudo nos leva a crer, que o Anticristo será o
governante “666” de um sistema político mundial, partindo de Ninrode até o
“filho da perdição”, quando então terminará esse sistema
político-gentílico-mundial.
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