“Portanto, deixará o varão o seu p a i e a sua mãe e a p ega r-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Para Deus, só existe casamento pela união entre um homem e uma mulher, união monogâmica e heterossexual. Fora desse formato é abominação a Deus. Os propósitos do casamento transcendem à visão hedonista e simplista, dos materialistas, que veem o ser humano no mesmo nível dos animais irracionais. Em sua percepção divina, o Criador viu que não seria bom o homem viver na solidão.
E criou a mulher para completar o que lhe faltaria em sua existência. Foi a segunda grande decisão de Deus. Unir o homem e a mulher, “macho e fêmea”, instituindo, assim o casamento, não só para a procriação da raça humana, mas para a formação da família.
E criou a mulher para completar o que lhe faltaria em sua existência. Foi a segunda grande decisão de Deus. Unir o homem e a mulher, “macho e fêmea”, instituindo, assim o casamento, não só para a procriação da raça humana, mas para a formação da família.
O Diabo atacou o plano de Deus para o casamento. Ao longo dos séculos, ele tem induzido os homens a aceitarem outras formas de união, contrárias ao plano de Deus. O homossexualismo tem assumido proporções gigantescas, com apoio de governos, legislativos e judiciários. É uma agressão violenta à Lei de Deus, que tem trazido e vai acarretar muita maldição para a humanidade. Se Deus quisesse o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teria feito dois Adões ou duas Evas. Mas não o fez.
A sociedade pós-moderna é educada para o materialismo. Nas escolas de Ensino Fundamental, as crianças são orientadas para o liberalismo social, que se fundamenta no relativismo e no humanismo. O primeiro ensina que nada é certo e nada poder ser considerado errado. Tudo depende da subjetividade do momento. O segundo coloca o homem como o centro e a medida de todas as coisas. Com essa visão de mundo, não há lugar para os princípios absolutos, emanados da Palavra de Deus.
O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, disse em um de seus discursos: “O mundo mudou. E temos que mudar com ele”. Uma de suas primeiras medidas foi dar total apoio ao “casamento homossexual”. Pouco tempo depois, o Brasil entrou na mesma visão. O Judiciário, interpretando a Constituição sob uma ótica liberal e materialista, aprovou que “entidade familiar” não é formada apenas de homem e mulher, como prevê a própria Carta Magna. É também a união de dois homens ou duas mulheres, na chamada “união homoafetiva”. Em seguida, o Supremo Tribunal de Justiça decretou a aprovação do “casamento homossexual”. Há um poder sobrenatural guiando a mente dos líderes das nações. E o espírito do Anticristo.
O apóstolo João, profeticamente, viu esse tempo perigoso para o mundo (1 Jo 4.3). Esse “espírito do Anticristo”, nos dias hodiernos, tem se manifestado de modo agressivo e impertinente. Os líderes das nações não percebem, porque, em sua maioria, não acreditam em Deus e nem respeitam a sua Palavra. Mas é o “espírito” que governa as nações que se esquecem de Deus (SI 9.17).
I - MONOGAMIA - A BASE DO CASAMENTO
A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamos (casamento), ou seja um único homem para uma única mulher. A monogamia é a forma de união prevista no plano original de Deus para o casamento e para a formação da família. Conforme Gênesis 2.24, esta é a síntese do pensamento de Deus acerca do casamento monogâmico: Deixará “o varão” os seus pais “e apegar-se-á à sua mulher” para se unirem sexualmente (“uma só carne”).
Ele não previu “o varão” unir-se “às suas mulheres”. Assim, como a Bíblia registra tantos casos de bigamia e poligamia? Devemos lembrar que toda a prática de atos e fatos errôneos resultaram da rebelião contra Deus, induzida pelo Diabo e levada a efeito pelo primeiro casal. A Queda foi o princípio de todas as distorções, tanto no plano espiritual, como na esfera moral, matrimonial, sexual, social e de toda a ordem estabelecida pelo Criador.
1. O início da distorção do matrimônio —A bigamia
Depois que Caim matou Abel, dando início aos ciclos de violência que prejudicam a vida e a sociedade, outros desvios de conduta se fizeram sentir, pouco a pouco, com o aumento da população na terra. Além da violência, causada pelo transtorno espiritual, psicológico, emocional e físico, consequentes do pecado, o homem foi adotando comportamentos estranhos ao plano de Deus. Um deles foi o de ter mais de uma mulher. O primeiro registro da bigamia está em Gênesis.
Deus fez o primeiro casal, Adão e Eva. Seus descendentes podiam realizar o casamento consanguíneo, entre irmãos, primos, sobrinhos, etc. Era a forma de cumprir o que Deus determinara: “E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra....” (Gn 1.28). Mas tais uniões tinham que ser monogâmicas: um único homem e uma única mulher e vice-versa. Na quinta geração edênica, um descendente de Adão deu início à distorção em termos de união matrimonial.
Lameque, filho de Metusael (Gn 4.18), ou Matusalém (Gn 5.25), por razões não explicadas, resolveu ter mais de uma esposa: “E tomou Lameque para si duas mulheres; o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zilá” (Gn 4.19). Já havia milhares e milhares de pessoas na Terra. Para ser da quinta geração, Lameque já encontrou pessoas que viviam há mais de 200 anos. E resolveu adotar mais uma esposa. Interessante é que não há registro de estranheza para com esse comportamento. Talvez alguém ficou admirado, e achou até interessante um homem ter duas mulheres ao mesmo tempo. E muitos homens começaram a invejar Lameque e possuir mais de uma esposa.
Tempos depois, Esaú, filho de Isaque desobedeceu a Deus e casou com duas mulheres heteias. O resultado não foi nada bom para a família (Gn 26.34,35), gerando amargura de espírito para a mãe de Esaú. Há casamentos que são motivo de tristeza, decepção e amargura para os pais. As duas esposas, filhas de povos estranhos, só trouxeram transtorno para a família de Isaque.
No livro de 1 Samuel, temos outro exemplo negativo dos resultados da bigamia. Elcana, efrateu, filho de Jeroão, era homem de bem. Mas, assimilando o costume comum de sua época, casou-se com duas mulheres (1 Sm 1.2,3). Ana era a sua preferida. Ele a amava mais do que à Penina. Esse é um primeiro problema: não é possível um marido amar por igual a duas mulheres. Penina tinha filhos. Ana não os tinha, por ser estéril.
Penina percebia que Elcana demonstrava mais amor a Ana do que a ela. E se tornou uma desafeta para Ana (1 Sm 1.6). Em consequência, Ana era uma mulher deprimida, vivia chorando, não tinha prazer sequer em se alimentar; seu marido procurava consolá-la, mas ela sofria muito, tanto pelo fato de não ter filhos, como, mais ainda, pelas provocações da outra esposa. Ela só descansou o seu espírito quando Deus ouviu sua oração e lhe deu um filho homem, Samuel, a quem entregou, ainda criança, para servir a Deus no templo, sob os cuidados do sacerdote Eli (cf. 1 Sm 1.26-29).
2. A poligamia torna-se comum
A lógica do pecado é sempre a mesma: nunca parar; sempre aumentar. A bigamia tornou-se prática comum. Afastando-se cada vez mais do plano de Deus, os homens incrementaram seus desvios. Ter duas mulheres já não fazia tanta diferença. E foram multiplicando o número de esposas. Com que finalidade? Ter mais filhos? Para quê? Dizem os sociólogos que o homem sentiu a necessidade de ter mais riquezas, e precisava de mão-de-obra. Por isso, passou a ter mais mulheres para aumentar sua prole utilitária. Tem lógica humana. Mas fere o plano de Deus. Filhos foram previstos para a perpetuação da espécie. A mão-de-obra é consequência. Ao que tudo indica, a poligamia é resultado da vaidade masculina, de exercer seu poder sobre mais pessoas, e de ter direito a ter relação sexual variada com mulheres diferentes. Isso não faz parte do plano de Deus para o matrimônio.
Naturalmente, surgiram as nações, espalhadas pelo mundo, após o episódio da Torre de Babel. Religiões de demônios apareceram e se multiplicaram. Com total aprovação das práticas contrárias ao plano de Deus, inclusive a da poligamia. Seja qual for a explicação, fere ao princípio de Deus para o casamento. Por que Deus permitiu a poligamia? Não há consenso no entendimento dessa questão. Mas podemos inferir que Ele permitiu, ou tolerou, tendo em vista os primórdios da raça humana, e a necessidade da ocupação da Terra de modo mais rápido, tendo em vista que a mesma passava por grande deterioração ambiental, motivada pelas alterações cósmicas e ecológicas, em consequência do pecado, que prejudicou não só o homem, mas toda a geografia, a topografia e a ecologia do planeta. A povoação acelerada se fazia necessária.
A poligamia no Patriarcado
A nação israelita tem início com Abraão (2.400 a.C), começando o Período Patriarcal, em que a figura do homem manteve-se como absoluta, em termos de importância, em relação à mulher. Cometendo deslize em sua vida, deu mau exemplo, unindo-se a uma serva, por sugestão de sua própria mulher, que era estéril; era a bigamia e o concubinato legitimado, na família do “pai da fé” (Gn 16), trazendo sérios transtornos familiares, históricos e espirituais.
Na época de Isaque (1860 a.C), ao que tudo indica, havia muito respeito, no seio da família, aos costumes adotados pelo patriarca Abraão. Isaque, já com 40 anos, teve sua esposa escolhida pelo próprio pai, entre os seus parentes que habitavam em Naor (Gn 24). Em Gerar, Isaque sofre a mesma ameaça da lascívia, que seu pai sofrera e vê sua esposa cobiçada por Abimeleque (Gn 26.1-11).
Porém, na época de Jacó (1750 a.C), ele casou-se com Raquel, sua amada. Mas foi forçado a ser bígamo pelo próprio sogro. Como Raquel era estéril, Jacó, aproveitando os costumes orientais, uniu-se às suas servas, Bila e Zilpa, e teve, juntamente com sua esposa Leia, dez filhos com elas, e mais dois filhos com Raquel, quando esta foi curada da esterilidade (Gn 29.32-35; 30.1-26). Jacó, o patriarca que deu origem às tribos de Israel, foi polígamo (Gn 29.21-23; 28-31; 30.1-10).
Noé, ao que tudo indica, não entrou na onda da poligamia. Obedeceu ao plano de Deus para o casamento, mantendo-se casado com uma única esposa (Gn 7.7), apesar da corrupção geral do gênero humano (Gn 6.2). A degeneração moral era tanta, que Deus resolveu destruir a humanidade de então (Gn 6.5-7).
A poligamia entre os reis de Israel (1018 a 530 a. C.)
Davi teve várias mulheres e concubinas, por permissão e até concessão de Deus (2 Sm 5.3), mas não se contentou. Adulterou com Bate-Seba, mandou matar seu esposo para encobrir o pecado (2 Sm 11) e a tomou por esposa. Um abismo chama outro (SI 42.7). No tempo dos reis, o símbolo de grandeza e poder era a posse de mulheres e de cavalos. Salomão teve 700 mulheres e 300 concubinas, as quais “lhe perverteram o coração para seguir outros deuses” (1 Rs 11.4). Provavelmente, por causa da influência perniciosa de suas inúmeras mulheres, oriundas das nações cananitas, que eram dominadas pela idolatria, o famoso filho de Davi se deixou levar pela excessiva vaidade de ter um dos maiores haréns do Oriente. Foi o seu fim! Seus sucessores seguiram o caminho da poligamia.
3. No Novo Testamento é abolida a poligamia (4 a.C até o presente)
No Antigo Testamento, Deus foi tolerante quanto à sexualidade, permitindo a poligamia e o concubinato. No Novo Testamento, Ele disciplinou o relacionamento conjugal. Tornou-se mais difícil manter a fidelidade, admitindo-se somente a monogamia. A vida cristã restaura o plano de Deus para o casamento, valorizando a monogamia e condenando outros arranjos para a vida conjugal.
O ensinamento de Jesus nos Evangelhos
São diversas as passagens do Novo Testamento em que Jesus se refere ao casamento ou à família. Em Mateus 19, vemos que Ele dá muito valor à fidelidade conjugal. Certa vez, os fariseus lhe interrogaram se era lícito ao homem repudiar “sua mulher” por qualquer coisa (Mt 19.3). Note-se que eles não perguntaram se podiam deixar “suas mulheres”. A resposta do Senhor Jesus tem um sentido bíblico profundo, e remete às origens do casamento: “... e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.5-7 — grifo nosso).
Na resposta objetiva sobre o divórcio, Jesus diz que comete adultério aquele que repudia sua mulher, exceto por causa de infidelidade. E diz que quem casar com a repudiada também comete adultério (Mt 19.9). Ele se refere “à sua mulher”, e não às suas mulheres. Assim, nos Evangelhos, a poligamia é descartada. Alguém se refere a Mateus 25, na parábola das dez virgens, alegando ser um casamento polígamo. Ledo engano. Como Jesus iria comparar a sua vinda a um casamento polígamo? Na verdade, o texto, parte do Sermão Profético, refere-se a um casamento oriental, em que os noivos eram esperados para a cerimônia matrimonial por dez virgens, ou dez damas de honra, que portavam lamparinas acesas.
A monogamia nas Epístolas
Como sabemos, as Epístolas são a fonte doutrinária que se fundamenta nos Evangelhos de Jesus Cristo. Por elas, os apóstolos foram usados por Deus para regulamentar, ordenar e orientar a vida dos cristãos e das igrejas, no seu tempo e a todas as igrejas, em todos os tempos e lugares. Em todas elas há ensinos preciosos. No que diz respeito ao matrimônio, o Novo Testamento registra ensinos fundamentais sobre o comportamento dos casados.
a) Uma esposa, um marido. Na Epístola de Paulo aos Coríntios, vemos a regulamentação da vida matrimonial, incluindo o relacionamento sexual (1 Co 7.1,2). O apóstolo houvera sido informado, por carta, que, naquela igreja, havia casos de sexo ilícito que ultrapassavam a conduta ímpia dos incrédulos (5.1-5), a ponto de determinar que fosse entregue a Satanás determinado fornicário.
Diante dessa situação calamitosa de imoralidade, Paulo responde aos coríntios, dizendo que, “por causa” ou, numa linguagem mais clara “para evitar” a prostituição, “cada um tenha a sua p rópria mulher”, ou seja, só uma esposa, e não duas ou uma esposa e uma concubina. Da mesma forma, diz ele à mulher: “e cada uma tenha o seu p róprio marido”. Não há nada tão claro quanto à monogamia, nos ensinos de Paulo, que foi o maior intérprete dos Evangelhos, e o maior teólogo do cristianismo.
b) A harmonia conjugal. Na Epístola aos Efésios, Paulo foi tão inspirado pelo Espírito Santo, no que se refere ao relacionamento conjugal, que seus ensinos são reproduzidos, praticamente, em todas as cerimônias de casamento cristão. Ele doutrina sobre a submissão da mulher ao esposo cristão, pelo fato de ser designado “cabeça da mulher”, ou líder da família, da mesma forma que a Igreja é submissa a Cristo (Ef 5.22-24; Cl 3.18). Ao marido, ele exorta a amar a sua esposa, como Cristo amou a Igreja, sacrificando-se por ela (Ef 5.25; Cl 3.19). Esse entendimento leva à harmonia conjugal, de tal forma que o homem cristão e sua esposa completam o que falta no outro, vivendo em amor, e não dando lugar à infidelidade. Com isso, a monogamia é valorizada, em obediência aos ditames de Deus para o matrimônio, conforme o seu plano original para o casamento: um homem e uma mulher.
c) A monogamia na liderança cristã. Para os líderes da igreja, Paulo exorta que “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher...” (1 Tm 3.2). Os diáconos devem ser “maridos de uma mulher” (1 Tm 3.12). No Antigo Testamento, Deus permitiu e tolerou que os patriarcas, os reis e até profetas tivessem mais de uma mulher. Mas no Novo Testamento o líder deve ser o exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12) em tudo. É inaceitável que algum pastor, evangelista ou detentor de qualquer cargo ministerial procure ter relacionamentos com pessoas que não sejam seus cônjuges, querendo usar o Antigo Testamento como justificativa. O ensino sobre a monogamia entre os ministros é tão importante, que o apóstolo repete essa doutrina em Tito 1.7.
O casamento, no Novo Testamento, é elevado a um nível muito alto no que se refere à união monogâmica, com destaque para a fidelidade conjugal (Hb 13.4). Na poligamia, não se fala em adultério, em prostituição. O homem tinha relações com várias esposas e até com concubinas. Mas, no contexto do cristianismo, nos ensinos neotestamentários, é cobrada a fidelidade incondicional e a pureza no leito conjugal. Deus julgará os que se prostituem e os adúlteros, conforme o texto transcrito. O matrimônio deve ser “venerado”, ou seja, ter um valor espiritual de grande importância. O primeiro sentido de “venerado” é o de “adorado”. Mas não se pode aplicar ao matrimônio, pois adoração só é devida a Deus. Mas tem outro sentido, perfeitamente aplicado à relação conjugal. Venerado quer dizer “Ter em grande consideração; respeitar”. “O leito sem mácula” refere-se à santidade do relacionamento sexual do casal, sem mancha, ou seja, sem pecaminosidade. Isso porque o corpo é “templo do espírito santo” (1 Co 6.19). Só através do casamento monogâmico é possível manter esses princípios para a santidade no matrimônio.
II - O PRINCÍPIO DA HETEROSSEXUALIDADE
O Diabo e seus simpatizantes tremem e se revoltam quando a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo defende os princípios bíblicos quanto à sexualidade. Para sua própria condenação, pastores em vários lugares no mundo têm feito concessões a Satanás no que tange ao relacionamento matrimonial, admitindo a homossexualidade ou a chamada “homoafetividade”. Maior condenação terão aqueles que se dizem cristãos e procuram justificar o homossexualismo, com base em falsas interpretações dos textos bíblicos. Para Deus, no Antigo e no Novo Testamento, o casamento só é legítimo e com amparo Lei divina, se atender ao princípio inegociável da heterossexualidade.
1. “Macho efêmea os criou”
A origem e os fundamentos do matrimônio remontam ao princípio da Criação. Quando Deus fez o Universo, o planeta Terra, os seres vivos irracionais e todo o ambiente propício para a existência humana, Ele resolveu criar um ser à sua semelhança. E criou “o homem”, o ser masculino (Gn 1.26). No mesmo dia, Ele fez a mulher (Gn 1.27). Os materialistas, profanos e libertinos, apregoam aos quatro cantos que “ninguém nasce homem ou mulher”; quem faz a pessoa ser “homem ou mulher é a sociedade”. Essa é uma das mais indecorosas propostas do Diabo.
A Bíblia diz que Deus fez homem e mulher, diferenciando sua condição sexual. A ciência diz que uma pessoa é homem se tiver cromossomos XY, masculinos; e mulher, se tiver cromossomos XX. Diz a Bíblia: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Para Deus, homem é homem e mulher é mulher. Um dia, os ímpios comparecerão perante o Juízo Final e receberão a declaração de sua sentença, por terem se rebelado contra Deus, distorcendo seus princípios.
2. O primeiro casamento
Após criar o homem, Deus concluiu que não seria bom ele viver na solidão. Poderia ter criado outro “Adão” para viver com ele na chamada “união homoafetiva”. Estaria resolvido o problema da solidão. Mas Deus não cogitou a homossexualidade. A solução de Deus foi criar um ser humano, de sexo diferente, para viver ao lado do homem (Gn 2.18). E criou a mulher, a partir de uma costela de Adão.
Os ímpios chamam isso de fábula, de “conto de fadas”; falsos teólogos chamam de “mito da Criação”. Por quê? Porque para eles Deus não “criou” o homem conforme o Gênesis. O homem surgiu de uma ameba, evoluiu até ser macaco, tudo por acaso, e chegou a ser o "homo sapiens". Mas Deus criou o homem das substâncias da terra, e a mulher, a partir de parte do homem. Creiam ou não os materialistas.
Após criar a mulher, Deus a apresentou ao homem, e este, extasiado exclamou: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23). Aí temos o relato do primeiro casamento. Deus foi o oficiante. O Pai, o Filho e o Espírito Santo concelebraram as primeiras núpcias. Os seres celestes foram testemunhas. A certidão de casamento é o relato de Gênesis 2.18-24. Nesse casamento, de origem divina, não vemos lugar para a “união civil entre pessoas do mesmo sexo”, nem espaço para a “união estável”, nem “entidade familiar” homossexual. Os legisladores, os juristas, educadores, sociólogos, psicólogos e outros aprovam esse tipo de união, que é considerada abominável a Deus (Lv 18.22; 20.13). E o fazem afrontando a Lei de Deus, para sua própria condenação.
3. “E se unirá à sua mulher”
Após realizar o primeiro casamento, Deus disse: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Não disse o Criador: “E o homem se unirá ao seu homem, a mulher se unirá à sua mulher”. Claro como o cristal é o princípio da heterossexualidade. O Supremo Tribunal do Universo (STU) já tem pronta a sentença condenatória, inapelável, em última instância, para os que aprovam o que Deus condena. Portanto, o casamento, para Deus tem que ser realizado, com base no princípio da heterossexualidade: um homem, unido a uma mulher, pelos laços do matrimônio.
A homossexualidade é um dos mais infames atos da rebelião contra Deus. A mídia divulgou entrevista com duas “pastoras”, lésbicas, em que elas usam a Palavra de Deus para justificar sua união, condenada pelo Senhor. É a pior das decisões. Alguém pode pecar, e é compreensível, pois, enquanto estiver no mundo, o ser humano está sujeito ao pecado. Mas usar a Palavra de Deus, a Lei do Senhor, para justificar o que Ele abomina é pecado imperdoável. E blasfêmia contra o Espírito Santo.
III - A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1. Uma só carne
No plano de Deus para o casamento, Ele previu a união duradoura entre o esposo e a esposa, durante toda a vida em comum (Gn 2.24). O Criador planejara a vida eterna para o ser humano. Em consequência, a união matrimonial seria eterna.
2. “Até que a morte os separe”
Na celebração do casamento cristão, os oficiantes enfatizam esse desiderato por causa da realidade da morte física, que pode atingir um ou o outro cônjuge. De fato, não há qualquer justificativa para o fim do casamento, a não ser pelo falecimento de um cônjuge. Somente a falta de amor verdadeiro pode explicar o aborrecimento de um marido por sua mulher, e vice-versa, como causa para a dissolução do casamento.
3. O pecado interfere na união conjugal
Quando o casal não vigia, não ora, não procura obedecer aos princípios de Deus para o casamento, o Adversário da família encontra brecha para interferir na mente de um ou do casal, de modo que a vida a dois se torne insuportável. Seja por causa da infidelidade, do adultério, seja pela prostituição, a fim de que desapareça a razão para viverem juntos. Esse não foi, nem é, o plano de Deus (Mt 19.6), mas o ser humano pode, com permissibilidade de Deus, por fim à aliança conjugal.
4. O divórcio — remédio amargo que deixa sequela
Em consequência da falta de união e de amor, motivados pela falta de obediência a Deus, há situações em que a convivência torna-se de fachada, aparente, por conveniência, ou até mesmo insuportável. Violência doméstica, falta de respeito, agressões psicológicas ou físicas, além da infidelidade afrontosa, levam o casal a tomar a terrível decisão de separar-se com todas as consequências negativas para os dois e para a família.
Formar uma família e mantê-la com princípios e valores cristãos é um desafio na pós- modernidade. Para obter sucesso, não só é preciso conhecer o que a Bíblia diz, mas como também colocar seus ensinamentos em prática. Desse modo, as contaminações do mundo sobre a família cristã podem ser identificadas e refutadas. Proteja sua família!
Livro de apoio a lição bíblica do 2º trimestre de 2013.
Parabéns serva de Deus!com certeza este estudo sobre o casamento vai fazer muitos obreiros(a)refletirem sobre o tema e suas condutas. Carlos Xavier Lima ev.Assembléia de Deus Pelotas RS
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