O que sabemos até agora
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A obra será filmada em inglês, com elenco internacional, e entre os focos da narrativa está a campanha presidencial de 2018 do ex-presidente e o atentado a faca que ele sofreu em Juiz de Fora, Minas Gerais. ISTOÉ Independente+1
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A direção ficará por conta do norte-americano Cyrus Nowrasteh, cineasta conhecido por filmes de forte teor religioso e moral. ISTOÉ Independente+1
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O roteiro será escrito por Mário Frias, ex-ator e deputado federal pelo PL, aliado de Bolsonaro. Pleno News
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Entre os papéis confirmados:
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Marcus Ornellas fará Flávio Bolsonaro. Brasil Paralelo+1
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Eddie Finlay interpretará Eduardo Bolsonaro. Brasil Paralelo+1
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Sérgio Barreto será Carlos Bolsonaro. Brasil Paralelo+1
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A produção adotou medidas rígidas de segurança: proibição de celulares no set e revista a todos os profissionais que entram na área de filmagem, para evitar vazamentos. Pleno News+1
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A narrativa será apresentada segundo o formato da chamada “jornada do herói” — retratando Bolsonaro como um vencedor improvável em meio a adversidades políticas. Pleno News+1
Por que esse filme importa
Para além do entretenimento, essa produção carrega simbolismos políticos relevantes para o momento brasileiro. A escolha de Jim Caviezel — ator que interpretou Jesus — para viver Jair Bolsonaro faz uma mistura simbólica forte: o “salvador” religioso vem a interpretar o protagonista de uma narrativa política nacional. Isso abre espaço para reflexões sobre mito, liderança, fé e poder — temas presentes no debate público atual.
Além disso, o fato de o roteiro estar ligado ao PL e a aliados de Bolsonaro mostra que não é apenas “mais um filme de política”, mas uma produção que claramente mira o público conservador, evangélico e que se identifica com valores mais tradicionais.
Pontos de atenção
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O filme ainda está em produção, com lançamento previsto para 2026. Muitos detalhes ainda dependem de confirmação: elenco completo, locações, orçamento. ISTOÉ Independente+1
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A narrativa promete retratar Bolsonaro sob luz heroica — o que gera reações distintas: para alguns será um resgate; para outros, uma produção de propaganda.
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A escolha de Caviezel também veio com histórico de posturas públicas polêmicas: segundo a matéria da Jovem Pan, ele já defendeu teorias de conspiração (como de que as instituições mundiais são controladas por uma “cabala satânica”) e fez declarações antivacina. Jovem Pan
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É necessário estar atento à linguagem e ao viés: a produção tem forte posicionamento ideológico — ou seja, como agente público, requer discernimento sobre o impacto na opinião pública.
Conclusão
O anúncio de que o ator de A Paixão de Cristo vai interpretar Jair Bolsonaro no cinema é mais do que curiosidade de entretenimento — é um reflexo vivo de como fé, poder, narrativa e mídia se cruzam no Brasil contemporâneo. Para quem acompanha de perto a política brasileira, isso representa uma convergência entre celebridade, ideologia e cinema que merece atenção.

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